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Novo aplicativo do IBGE ajuda usuários a obter dados da RBMC de forma personalizada

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (28), a página para download personalizado de dados da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) dos Sistemas GNSS.

A ferramenta facilitará o acesso aos dados rastreados nas 146 estações geodésicas da RBMC espalhadas pelo Brasil. A busca personalizada gerada pela aplicação ajudará o trabalho dos usuários na realização das suas tarefas profissionais, melhorando a qualidade e a eficiência na obtenção dos resultados.

Cerca de 350 mil downloads são realizados mensalmente nessas estações, sendo as das capitais dos estados as mais procuradas pelos usuários. A customização dessas informações poderá ocorrer de acordo com o levantamento realizado, o formato preferencial do usuário (RINEX2 ou RINEX3), o intervalo de coleta (01, 05, 15 ou 30 segundos) e as constelações (GPS, GPS+GLONASS ou multiconstelação).

Formato

Como resultado da aplicação web, os dados serão disponibilizados em dois formatos: RINEX2 e RINEX3. O RINEX2 possibilita o uso de três constelações (GPS, GLONASS e Galileo), já o RINEX3 proporciona a utilização das quatro constelações, as já citadas anteriormente, junto à constelação Beidou. “O usuário consegue obter uma posição de precisão com um tempo menor, ou até mesmo em tempo real, dependendo do recurso de equipamento que ele tem para a realização do levantamento”, explica a gerente de Geodésia do IBGE, Sonia Costa, destacando a facilidade gerada pela página personalizada.

Intervalos de coleta

Os intervalos de coleta também poderão ser customizados. O usuário poderá trabalhar de uma forma mais flexível no campo reduzindo o tempo de levantamento. O gerente de Redes Planialtimétricas da Diretoria de Geociências do IBGE, Guiderlan Mantovani, ressaltou que, os arquivos com intervalos de um segundo por gerarem dados com uma frequência maior, são divididos em diferentes arquivos de 15 minutos. Com a personalização, isso mudará. “A página concatena esses arquivos gerando um arquivo único para o usuário baixar no intervalo que ele quiser, sem precisar fazer nenhuma edição com um programa específico para isso”, esclarece Guiderlan.

A procura por informações com intervalo de um segundo aumentou 35% entre 2021 e 2022. Antes, esses dados não eram disponibilizados pelo portal do IBGE sendo colocados somente no repositório on-line da instituição. O usuário não tinha fácil acesso a esses dados, mas com a nova página poderá utilizá-los de uma forma mais amigável.

Nova era no posicionamento de precisão

Uma nova era no posicionamento de precisão no país foi marcada com a implantação da RBMC dos Sistemas GNSS. Desde o início do seu estabelecimento, em dezembro de 1996, o IBGE passou a adotar o conceito de estação geodésica ativa, a qual além do seu papel de estação de referência com coordenadas no referencial oficial do país, também são disponibilizados os dados GNSS coletados. Desde então, o IBGE vem ampliando a rede através de novas parcerias e acompanhando a evolução tecnológica do GNSS, com equipamentos multiconstelação e no serviço para o posicionamento em tempo real.

Por dentro dos dados GNSS

O sistema GNSS é utilizado para gerar coordenadas através da navegação e posicionamento por satélite dentro do conjunto das principais constelações; o sistema de navegação americano (GPS), bem como o russo (GLONASS), o europeu (Galileo) e o chinês (Beidou), podendo fornecer aos usuários localizações com precisão centimétrica. Sendo usado por profissionais nos trabalhos técnicos de georreferenciamento, cadastro de imóveis urbanos e rurais, cadastro ambiental, etc, além de ser fonte de dados para diversas pesquisas geocientíficas em âmbito global.

Os dados e relatórios de todas as estações da RMBC são públicos e podem ser acessados diariamente pela página da RBMC dos Sistemas GNSS e no servidor repositório on-line do IBGE Informações sobre posicionamento geodésico. Nesses endereços, o interessado também pode achar registros da Rede Maregráfica Permanente para Geodésia (RMPG).

 

Fonte: MundoGEO

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