O crescimento na adoção da plataforma de e-commerce Shopee como destino de compra já é considerado um sinal de alerta para os varejistas brasileiros, que iniciam 2022 tentando se recuperar das perdas no mercado.
Como contexto, nomes importantes do setor, como Americanas e Magazine Luiza, registraram um salto em perda anual impulsionado pela desvalorização acumulada de 58% dos seus papéis na bolsa.
Para os analistas, um dos fatores que ajuda a justificar o resultado ruim é a economia fraca no país e também o temor dos investidores de uma competição ainda mais acirrada no varejo nacional este ano.
Focada em produtos menos caros, a Shopee — que começou a operar em 2019 no Brasil — foi uma das empresas que despertou o interesse dos investidores em meio ao cenário de incertezas.
Segundo o grupo financeiro Goldman Sachs, o futuro para os negócios da companhia asiática é promissor. Um levantamento de janeiro de 2022 aponta que a Shopee pode responder por 20% da fatia de todo o setor de varejo até 2025. “Esperamos que ela (a Shopee) permaneça relevante em 2022 à medida que continua a desenvolver sua presença e oferta de serviços”, diz o relatório.
Suas operações no restante da América Latina também têm ganhado força. A plataforma, inclusive, foi citada como um dos três destinos de compra principais pela internet, segundo uma pesquisa dos analistas da Morgan Stanley.
Ainda de acordo com o Morgan Stanley, o avanço da Shopee na região traz novos desafios para os gigantes do segmento. O Mercado Livre, outra plataforma relevante no e-commerce, perdeu cerca de US$ 41 bilhões em valor de mercado em meio a fatores como a escalada das taxas de juros no país.
Fonte: olhardigital