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Carbon: Google apresenta nova linguagem de programação para ser sucessora do C++

Por: Letícia Nascimento

O Google desenvolve constantemente linguagens de programação que se adaptem melhor ao funcionamento da empresa. Por exemplo o Golang (ou simplesmente Go), foi criado com o intuito de melhorar o desenvolvimento de servidores e sistemas distribuídos; e também a Dart, que inicialmente era uma alternativa ao JavaScript, mas que só alcançou popularidade com o lançamento do Flutter. Agora, o Google traz Carbon, a mais recente linguagem de programação que foi apresentada como sucessora experimental do C++.

Essa novidade foi apresentada pelo líder de Engenharia de Software, Chandler Carruth, em uma convenção realizada no Canadá nessa terça-feira (19). Carruth aproveitou a apresentação da nova linguagem de programação para ressaltar que muitas opções de linguagens que são populares hoje são otimizadas e atualizadas ao longo do tempo.

Essa onda de sucessores já vem acontecendo há algum tempo. Os desenvolvedores do Android, por exemplo, sabem que o Kotlin serve como sucessor do Java; assim como os desenvolvedores do iOS sabem que o Swift é o sucessor do Objective-C e que o TypeScript é o do JavaScript na Microsoft. E dessa vez, o Carbon vem para continuar esse mesmo caminho sendo o sucessor do C++ no Google.

Por mais que alguns possam considerar o Rust (originalmente um projeto da Mozila) um potencial sucessor do C++, o próprio Carruth questiona essa ideia. Isso porque, embora o Rust seja uma ótima linguagem para iniciar um novo projeto, ele não possui uma boa estrutura para uma migração constante (como por exemplo a dificuldade que ele apresenta para mover um ecossistema C++ para ele).

As vantagens do Carbon

Embora o Carbon tenha muitos objetivos iguais aos do Rust, ele vem para ajudar os desenvolvedores a criarem um “software de desempenho crítico”, para assim fazer com que a migração do C++ para o Carbon aconteça da maneira mais fácil possível.

Carruth compartilhou algumas vantagens que se destacam no Carbon:

  • Palavras-chave introdutórias e uma gramática simples
  • Os parâmetros de entrada da função são valores somente leitura
  • Ponteiros fornecem acesso indireto e mutação
  • Uso de expressões para nomear tipos
  • O pacote é a raiz do espaço de nome
  • Importar APIs por meio do nome do pacote
  • O parâmetro de objeto explícito declara um método
  • Herança única; as classes são finais por padrão
  • Genéricos poderosos e verificados por definição
  • Tipos implementam interfaces explicitamente

Além disso, vale destacar que o código do projeto está hospedado publicamente no GitHub  e está aberto para “pull requests”, que são as notificações geradas sobre mudanças para otimização.

Embora a apresentação da nova linguagem de programação tenha sido compartilhada por um membro do Google e o projeto esteja ligado à empresa, não existe menção de que se trata de um projeto do Google. Porém, isso pode ser intencional, uma vez que a equipe entende que o projeto fará mais sucesso se for interpretado como “independente e orientado pela comunidade”. Carruth ressaltou também que o Carbon ainda é apenas um experimento, mas que algumas empresas já demonstraram interesse na novidade.

Caso você queira experimentar o Carbon, você pode baixar o código-fonte dele. Ou você também pode fazer o teste diretamente no seu navegador, através da integração com o aplicativo web gratuito do Compiler Explorer.

 

Via: Canaltech/9to5google
Imagem: Elchinator por Pixabay 

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