MediaTek faz demonstração do Wi-Fi 7 e vai lançar produtos em 2023

Em um release divulgado hoje (19), a MediaTek conta que fez a primeira demonstração ao vivo da tecnologia Wi-Fi 7, e vai lançar produtos compatíveis com o padrão em 2023. Com o Wi-Fi 7, ou IEEE 802.11be, os usuários terão velocidades até 2,4 vezes maior do que o Wi-Fi 6, além de uma latência reduzida.

A demonstração foi feita para clientes e parceiros, e incluiu duas partes, justamente para ilustrar esses destaques. A primeira foi focada na velocidade, enquanto a outra, na baixa latência do Wi-Fi 7. Usando as mesmas frequências de 2,4 GHz e 5 GHz usadas no Wi-Fi 6, ou a de 6 GHz no Wi-Fi 6E, o Wi-Fi 7 oferece uma velocidade até 2,4 vezes maior, mesmo com o mesmo número de antenas.

O Wi-Fi 7 funciona com canais de 320 Mhz, e conta com a tecnologia de modulação de amplitude de quadratura (QAM) 4K, e também com MRU (Multi-User Resource unit, ou unidade de recursos multiusuário) para reduzir possíveis interferências. Além disso, ele conta com MLO (Multi-link Operation, ou operação multilink). Essa tecnologia transmite o sinal Wi-Fi em várias bandas paralelamente, e assim, com latência bem menor.

Wi-Fi 7 pode ser substituto de uma rede fixa

Alan Hsu, vice-presidente e gerente de conectividade inteligente da MediaTek, falou sobre a demonstração da tecnologia. “O lançamento do Wi-Fi 7 marcará a primeira vez que o Wi-Fi poderá ser um verdadeiro substituto de rede fixa/Ethernet para aplicativos de altíssima largura de banda”, disse.

Além disso, o executivo acredita que a tecnologia Wi-Fi 7 da MediaTek “fornecerá conectividade perfeita para tudo, desde aplicativos de realidade aumentada/realidade virtual multiplayer, games na nuvem e chamadas com streaming de 4K a 8K e muito mais”.

A MediaTek lembra que está envolvida no desenvolvimento do padrão Wi-Fi 7 desde que ele foi criado. Com a demonstração, a empresa mostra que também é uma das primeiras empresas a adotarem a tecnologia.

Fonte: olhardigital

Preparem-se: o metaverso já é uma realidade

No dia 4 de dezembro, os norte-americano Traci e Dave Gagnon se casaram em uma linda cerimônia, com direito à recepção dos convidados no local da cerimônia e o tradicional discurso dos padrinhos. Parece uma cerimônia de casamento tradicional e comum em grande parte do mundo, não é mesmo? Entretanto, há um detalhe que a diferencia bastante: todo esse roteiro matrimonial também aconteceu virtualmente no Metaverso. Trata-se de um conceito que certamente vai ganhar mais espaço em 2022 conforme migramos diferentes aspectos de nossas vidas ao ambiente digital e borramos o que é on e o que é off-line.

O termo ganhou evidência a partir de outubro, quando todo o Grupo Facebook resolveu mudar de nome e se chamar de “Meta”, numa tentativa de capturar o espírito do nosso tempo e promover um rebranding em sua marca. A grande maioria das pessoas certamente nunca ouviu falar dessa proposta, mas não se engane: ela está aí, crescendo a níveis exponenciais.

Pesquisa do Instituto Kantar Ibope Media, por exemplo, já mostra que 4,9 milhões de brasileiros já transitam por alguma versão do metaverso – equivalente a 6% das pessoas com acesso à internet. É uma realidade viável, uma vez que muitos de nós tivemos que migrar para o virtual a partir da pandemia de covid-19, em março de 2020.

A ideia de um metaverso, ou seja, um ambiente virtual em que vivenciamos situações comuns de nosso dia a dia, não é nova. Curiosamente, surgiu primeiro na ficção científica com a obra Snow Crash, de Neal Stephenson, em 1992, em que avatares interagiam entre si da mesma forma que fazemos no “mundo real”.

A digitalização proporcionada pelo avanço das TICs (tecnologias de comunicação e informação) fez com que essa proposta ganhasse corpo desde então. O Second Life, por exemplo, chegou a fazer relativo sucesso no início dos anos 2000, com entrada de usuários e de empresas, mas faltavam ferramentas necessárias para que esse ambiente, enfim, pudesse proporcionar a mesma experiência que temos deste lado da fronteira tecnológica.

Agora, o cenário é diferente e propício para que os mundos virtuais possam finalmente existir e se consolidarem em diferentes áreas. As pessoas, por exemplo, estão mais maduras em relação à tecnologia: diferentes faixas etárias e classes sociais utilizam as soluções digitais em suas rotinas. Além disso, o surgimento de diversas tecnologias também contribuiu para que o metaverso saísse da teoria para a prática.

O blockchain, sem dúvida, é um dos recursos mais importantes justamente por garantir a camada de segurança que faltava para outros projetos do tipo. Com ele, é possível criar plataformas robustas que permitem o tráfego de diferentes informações com risco baixo de vazamentos ou de roubos – incluindo transações financeiras.

Evidentemente, estes são apenas os passos iniciais de uma revolução que ainda vai levar algum tempo para acontecer. Afinal, apesar de toda a dependência tecnológica que vivenciamos atualmente, ainda há barreiras que impedem a consolidação do metaverso. A principal delas é o acesso desigual que diferentes parcelas da sociedade têm diante do ambiente digital – a grande maioria faz compras e paga contas no ambiente físico porque não tem as ferramentas próprias para digitalização.

Além disso, a própria infraestrutura tecnológica precisa passar por melhorias para suportar toda essa interação em tempo real, com as pessoas jogando, comprando, fazendo transações financeiras, se divertindo e até casando no ambiente on-line. Aliás, também é preciso adequar a legislação vigente para esse novo fenômeno. As leis precisam acompanhar a evolução da sociedade como um todo. Será que um casamento virtual tem o mesmo apelo legal que um realizado no Cartório e/ou Igreja? São questões que precisam ser debatidas nos próximos anos.

O fato é que o metaverso é a próxima fronteira a ser ultrapassada pela tecnologia. Depois da navegação em rede na primeira fase da Internet e da interação em mídias sociais na Web 2.0, a sociedade finalmente parece estar pronta para a nova etapa da digitalização. É justamente o momento em que migramos situações corriqueiras do dia a dia nas plataformas virtuais, como fazer compras, se relacionar com as pessoas e se divertir. Ora, atualmente assistimos a filmes no Netflix, conversamos pelo WhatsApp e compramos em diferentes lojas virtuais e marketplaces. Daí para ter um avatar próprio e concentrar isso num mesmo mundo é um pulo. Estejamos prontos ou não, já somos bem-vindos ao Metaverso.

Fonte: olhardigital

Rápido crescimento da Shopee ameaça varejistas no Brasil

O crescimento na adoção da plataforma de e-commerce Shopee como destino de compra já é considerado um sinal de alerta para os varejistas brasileiros, que iniciam 2022 tentando se recuperar das perdas no mercado.

Como contexto, nomes importantes do setor, como Americanas e Magazine Luiza, registraram um salto em perda anual impulsionado pela desvalorização acumulada de 58% dos seus papéis na bolsa.

Para os analistas, um dos fatores que ajuda a justificar o resultado ruim é a economia fraca no país e também o temor dos investidores de uma competição ainda mais acirrada no varejo nacional este ano.

Focada em produtos menos caros, a Shopee — que começou a operar em 2019 no Brasil — foi uma das empresas que despertou o interesse dos investidores em meio ao cenário de incertezas.

Segundo o grupo financeiro Goldman Sachs, o futuro para os negócios da companhia asiática é promissor. Um levantamento de janeiro de 2022 aponta que a Shopee pode responder por 20% da fatia de todo o setor de varejo até 2025. “Esperamos que ela (a Shopee) permaneça relevante em 2022 à medida que continua a desenvolver sua presença e oferta de serviços”, diz o relatório.

Suas operações no restante da América Latina também têm ganhado força. A plataforma, inclusive, foi citada como um dos três destinos de compra principais pela internet, segundo uma pesquisa dos analistas da Morgan Stanley.

Ainda de acordo com o Morgan Stanley, o avanço da Shopee na região traz novos desafios para os gigantes do segmento. O Mercado Livre, outra plataforma relevante no e-commerce, perdeu cerca de US$ 41 bilhões em valor de mercado em meio a fatores como a escalada das taxas de juros no país.

Fonte: olhardigital

Administração e Cidac reúnem profissionais de TI para apresentação do SUAP

O Sistema Unificado de Administração Pública é um software público e gratuito, desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

A Secretaria de Administração e Recursos Humanos e a Subsecretaria do Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac) reuniram gestores e profissionais de Tecnologia da Informação (TI) de 13 órgãos da Prefeitura de Campos nesta sexta-feira (12) para apresentar o Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP), um software público e gratuito, desenvolvido por analistas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). A apresentação do sistema aconteceu no auditório Edgar Coelho dos Santos, na sede da prefeitura. O analista de Tecnologia da Informação, Eriton de Barros, que faz parte da equipe que desenvolveu o sistema e também será um dos instrutores do treinamento, participou da apresentação de forma on-line.

Segundo o secretário de Administração, Wainer Teixeira, a adesão ao sistema será um grande ganho para o município. O ciclo de treinamentos e monitorias começa no próximo dia 22 e a previsão é de que dure seis meses. “Com esse novo sistema, vamos otimizar tempo e tornar a tramitação do fluxo destes processos mais célere, além de gerar economia e preservar o meio ambiente porque estaremos economizando papel também. A Campos que todas nós queremos é uma cidade moderna, tecnológica, propositiva, ágil, eficiente, participativa, conectando pessoas e ideias para gerar crescimento, empregos e inclusão social”, afirma o secretário Wainer Teixeira, ressaltando que o processo é gradativo e será implantação à medida que o curso de capacitação avançar.

Também participaram da apresentação do sistema os subsecretários de Administração, Frederico Paes; do Cidac, José Vicente Alves Neto; o chefe de gabinete do vice-prefeito, Frederico Paes, Marcelo Freire, e o analista de sistemas Alexandre Lessa, chefe de Infraestrutura e Segurança do Cidac, além da subsecretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Suzana Macedo. “O sistema vai gerar economicidade. É um sistema fácil de operar e que já sabemos que funciona”, disse o subsecretário de Administração. A utilização do sistema faz parte das propostas de governo do prefeito Wladimir Garotinho de modernizar e digitalizar a administração pública. Desde o início do ano, um grupo de estudo foi formado para viabilizar um sistema que melhor atendesse ao município de Campos nesse processo de digitalização criando o Programa Campos Digital.

Atualmente, assim como acontece em grande parte do Brasil, o atendimento aos servidores públicos e aos munícipes é feito através de requerimentos e processos físicos. Com o novo sistema, que é desenvolvido em módulos, a adequação das secretarias ocorrerá de forma gradativa. “É um tema de grande relevância. Quem é da área de TI sabe da importância e necessidade de informatizar, assim como os cidadãos que precisam de serviços que não os faça esperar tanto”, disse Alexandre Lessa, que também falou sobre o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e sobre o Plano Estratégico de TI.

O subsecretário do Cidac falou sobre a estrutura do órgão e do suporte que oferece a todos os órgãos da prefeitura. “O SUAP vem com um “framework” e uma linguagem de programação a custo zero para o município. É um sistema modular e esse treinamento que vocês vão receber com seis meses de duração. Nós vamos fazer o treinamento dentro do próprio sistema, ou seja, do próprio ambiente”, disse José Vicente, que entregou o cronograma de treinamento e adiantou que os servidores terão acesso ao sistema, através da matrícula e senha e os colaboradores, através do CPF e senha.

Analista do IFRN – O analista de Tecnologia da Informação, Eriton de Barros, que faz parte da equipe que desenvolveu o sistema no Rio Grande do Norte e também será um dos instrutores do treinamento, participou da apresentação de forma on-line. “É um orgulho muito grande para a gente estar conseguindo fazer mais um treinamento em uma instituição. É um software desenvolvido 100% pela equipe do IFRN, da qual eu faço parte. Inicialmente, foi concebido para atender poucos setores da instituição. Tínhamos um foco relativamente pequeno no início e, em pouquíssimo tempo, se percebeu que o sistema também deveria atender as principais áreas de gestão. Há cerca de nove anos, estamos em todas as áreas de gestão do IFRN”.

Ele mostrou a tela principal do sistema, sendo apresentadas áreas como Administração, Gestão de Pessoas, Ensino, Central de Serviços, Extensão, Atividades Estudantis e citou, ainda, os principais módulos: almoxarifado, patrimônio, Gestão de Frota, Gestão de Pessoas, Planejamento Estratégico, entre outros, como Saúde. “Somos uma instituição de ensino. Então, é natural que o nosso sistema tenha uma grande cobertura na área de ensino. A gente espera fazer um excelente treinamento com vocês”, disse Eriton, acrescentando que o sistema está presente em 49 instituições, entre institutos de ensino, prefeituras, governos estaduais, incluindo Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

Logística de Transportes: estudo de caso de uma empresa da construção civil.

O estagiário do Centro de Informações e Dados de Campos – CIDAC/PMCG – Haylander Augusto Moreira Pedrosa apresentou o trabalho “LOGÍSTICA DE TRANSPORTES:ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL.” como parte integrante da avaliação de conclusão do curso de Tecnólogo em Logistica – Centro Universitário Fluminense – Uniflu.

LOGÍSTICA DE TRANSPORTES: ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

A DINÂMICA DOS FLUXOS DOS CANAIS ARTIFICIAIS E A QUALIDADE DAS ÁGUAS NO BAIXO CURSO DO RIO PARAÍBA DO SUL

Apresentado originalmente no VI Congresso Iberoamericano de Estudos Territoriais e Ambientais, realizado na Universidade de São Paulo (USP), entre os dias 08 e 12 de setembro de 2014, aborda uma discussão sobre os canais da Baixada Campista, construídos a partir da década de 1940 pelo extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), no qual a direção do fluxo superficial das águas e seu reflexo no rio Paraíba do Sul é a temática central desta pesquisa.

A dinâmica dos fluxos dos canais artificiais e a qualidade das águas no Baixo curso do rio Paraíba do Sul (2)

O novo mapa da Região de São Tomé: lagoas.

Este mapa é resultado de um Projeto de Pesquisa intitulado: “O novo mapa da Região de São Tomé: lagoas”, desenvolvido no Instituto Federal Fluminense desde 2011, tendo como parceiros o Laboratório de Cartografia Geográfica e Geotecnologias da Universidade Federal do Espírito Santo e o Centro de Informações e Dados de Campos (CIDAC). O Sistema de Informação Geográfica (SIG) associado ao método de Análise Ambiental e Bases de Dados Georreferenciadas propiciaram correlacionar nexos de localização, proximidade, continuidade e frequência das lagoas e os canais encontrados na Região Norte Fluminense. O trabalho já contribui para a manutenção de um Banco de Dados que é usado na tomada de decisão ambiental pelos parceiros do projeto.

Download do mapa

Classificação geomorfológica das lagoas da Região Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul – RJ

O trabalho intitulado “Classificação geomorfológica das lagoas da Região Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul – RJ” é resultado de um projeto de Iniciação Científica aprovado no Instituto Federal Fluminense – IFF Campos, e trás uma discussão sobre as lagoas da região. Nele é abordado uma proposta de classificação dos corpos lênticos quanto ao seu processo de formação. Destaca-se que este trabalho foi apresentado originalmente no XV Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, entre os dias 08 e 12 de julho de 2013 na cidade de Vitória-ES.

Classificação geomorfológica das lagoas da Região Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul – RJ

GEOPROCESSAMENTO E SAÚDE PÚBLICA: UMA ANÁLISE DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES / RJ

Monografia apresentada aos Institutos Superiores de Ensino do CENSA como parte das exigências para a obtenção do título de Especialista em Ciências Ambientais e da Saúde.

PROFESSORA ORIENTADORA: MSc. LUCÍOLA SANTOS LANNES
AUTOR: RHANIÉRI SIQUEIRA

As ações de Vigilância Ambiental em Saúde possibilitam o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, identificando as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. O georreferenciamento de dados é uma boa ferramenta para estabelecer indicadores de saúde ambiental e elaboração de mapas de risco, capazes de auxiliarem na tomada de decisão nas diversas instâncias do SUS. Os objetivos do trabalho são: (1) georreferenciar os casos para estabelecer áreas críticas para controle de roedores urbanos; (2) estabelecer áreas prioritárias para implantação de saneamento básico; (3) identificar localidades que deverão ter uma atenção maior nas campanhas educativas; (4) formar um perfil epidemiológico para leptospirose no município e (5) elaborar um mapa temático da leptospirose no município, além de verificar se os casos de leptospirose associados às condições de saneamento dos bairros são um bom indicador de saúde ambiental. Foi utilizado um questionário de perguntas e respostas diretas e feita uma avaliação higiênico-sanitária nos imóveis visitados, que gerou um diagnóstico do bairro. Os casos confirmados de leptospirose do período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005 foram georreferenciados e plotados numa imagem tipo Landsat-7. Obteve-se confirmação de 26 casos, sendo 19% na área rural 81% na área urbana. O serviço de pronto atendimento do Programa de Controle de Roedores do CCZ no ano de 2005 constatou em 77,7% das residências visitadas a presença do Rattus norvegicus – principal portador da Leptospira sp. Foi encontrada uma correlação positiva (0,66) entre o Índice de Infestação Predial e o número de terrenos com entulho nos bairros. O lixo mal acondicionado, a presença de entulho e mato nos quintais, associadas às más condições de manutenção de fossas sépticas e da canalização são fatores condicionantes e agravantes para a presença do principal vetor da leptospirose, o rato.

Palavras-chaves: Leptospirose, Sistema de Informação Geográfica, Estudo Epidemiológico.

Sistema de Referências Geoprocessadas – Campos dos Goytacazes/RJ

Autores:

Dr. César Ronald Pereira Gomes, Dr. Paulo Hirano, Dr. Edson Batista.

Colaboradores: J.Vicente Alves Neto, Rhanieri Siqueira, Eufrázio Lisboa e Giselle Delgado.

1 – O projeto

A Superintendência de Saúde Coletiva criada na Secretaria Municipal de Saúde de Campos dos Goytacazes propiciou o repensar do processo de trabalho visando maior integração entre as diferentes áreas de atuação; a criação e ampliação da SALA DE SITUAÇÃO DA SAÚDE COLETIVA para perceber e responder às emergências de saúde pública, com precocidade no diagnóstico, rapidez na resposta e eficiência operacional.O projeto do Sistema de Referências Geoprocessadas desenvolveu um conjunto de ferramentas computacionais para o controle de doenças infecto-contagiosas e parasitárias. O principal objetivo do trabalho é acompanhar através de geoprocessamento a evolução de focos larvários, captura de fêmeas de Aedes aegypti e casos da dengue, leptospirose, hepatite A e outras DIPs.

Isto é feito através do tratamento de informações espaço-temporais (georeferenciadas) e climatológicas, sistematicamente fornecidas pelas equipes de agentes de saúde coletiva das regiões urbanas e rurais do Município de Campos dos Goytacazes.

Como resultado, o gestor de saúde pública dispõe de recursos como: mapas digitais inteligentes, transações rápidas de dados via WEB e Celular e um sistema de apoio a decisão para o gerenciamento de agentes saúde coletiva e de endemias.Estes recursos avançados da Tecnologia da Informação (TI), facilitam enormemente o controle da logística, ações de educação e da saúde na prevenção destas doenças e combate ao(s) seu(s) vetor(es). Um passo realmente importante no apoio ao sucesso do trabalho da nova Gestão Municipal e dos profissionais da saúde.”

1.2 – Descrição geral de sistemas de informação geográfica

O termo sistemas de informação geográfica (SIG) é aplicado para sistemas que

realizam o tratamento computacional de dados geográficos. A principal diferença de um SIG para um sistema de informação convencional é sua capacidade de armazenar tanto os atributos descritivos como as geometrias dos diferentes tipos de dados geográficos.

Assim, para cada lote num cadastro urbano, um SIG guarda, além de informação descritiva como também a informação geométrica com as coordenadas dos limites. A partir destes conceitos, é possível indicar as principais características de SIGs:

• Inserir e integrar, numa única base de dados, informações espaciais provenientes de meio físico-biótico, de dados censitários, de cadastros urbano e rural, e outras fontes de dados como imagens de satélite, e GPS.

• Oferecer mecanismos para combinar as várias informações, através de algoritmos de manipulação e análise, bem como para consultar, recuperar e visualizar o conteúdo da base de dados geográficos.

Os componentes de um SIG estão mostrados na Figura 1.1. No nível mais próximo ao usuário, a interface homem-máquina define como o sistema é operado e controlado. Esta interface pode ser tanto baseada na metáfora da “mesa de trabalho” (Câmara, 1999), como adaptada ao ambiente de navegação da Internet (Kraak and Brown, 2001), quanto baseada em linguagens de comando como Spatial SQL (Egenhofer, 1994). No nível intermediário, um SIG deve ter mecanismos de processamento de dados espaciais.

A entrada de dados inclui os mecanismos de conversão de dados. Os algoritmos de consulta e análise espacial incluem as operações topológicas, álgebra de mapas estatística espacial, modelagem numérica de terreno e processamento de imagens.

Os mecanismos de visualização e plotagem devem oferecer suporte adequado para a apreensão cognitiva dos aspectos relevantes dos dados pesquisado. No nível mais interno do sistema, um sistema de gerência de bancos de dados geográficos oferece armazenamento e recuperação dos dados espaciais e seus atributos. Cada sistema, em função de seus objetivos e necessidades, implementa estes componentes de forma distinta, mas todos os subsistemas citados devem estar presentes num SIG.

Do ponto de vista da aplicação, o uso de sistemas de informação geográfica (SIG) implica em escolher as representações computacionais mais adequadas para capturar a semântica de seu domínio de aplicação. Do ponto de vista da tecnologia, desenvolver um SIG significa oferecer o conjunto mais amplo possível de estruturas de dados e algoritmos capazes de representar a grande diversidade de concepções do espaço.

1.3 – Framework do Projeto

1.3.1 – Georeferênciamento no Município de Campos dos Goytacazes

O Geoprocessamento (GIS) é uma ferramenta , o qual possui recursos de construção de mapas inteligentes com informações via imagens de satélites em formato específico, edição e manutenção de informação em bases de dados distribuídas (rede local).

O Sistema dá suporte a múltiplos mapas, de modo que o usuário pode facilmente permutar os mapas, enquanto se está trabalhando, podendo também criar camadas sem se preocupar com os campos agregados aos mapas.

O projeto contou com a aplicabilidade de 2 instâcias:

· O sistema GESTOR / TerraView

· A Interface WEB / WEBGIS

1.3.2 – O Sistema GESTOR

Ao longo dos anos, as implementações de SIGs seguiram diferentes arquiteturas, distinguindo-se principalmente pela estratégia adotada para armazenar e recuperar dados espaciais. Mais recentemente, tais arquiteturas evoluíram para utilizar, cada vez mais, recursos de SGBDs.

Por seu lado, a pesquisa na área de Banco de Dados passou, já há algum tempo, a preocupar-se com o suporte a aplicações não convencionais (Schneider, 1997), ncluindo as aplicações SIG. Uma aplicação é classificada como não convencional quando trabalha com outros tipos de dados, além dos tradicionais, como tipos de dados espaciais, temporais e espaço-temporais.

Os SGBDs seguem o modelo relacional de dados, em que um banco de dados é organizado como uma coleção de relações, cada qual com atributos de um tipo específico. Nos sistemas comerciais atuais, os tipos incluem números inteiros, de ponto flutuante, cadeias de caracteres, datas e campos binários longos (BLOBs). Para esses tipos encontram-se disponíveis uma variedade de operações (exceto para o tipo BLOB), como operações aritméticas, de conversão, de manipulação textual e operações com data.

Os SGBDs foram concebidos para atender as necessidades de aplicações manipulando grandes volumes de dados convencionais. De fato, tais sistemas não oferecem recursos para atender as necessidades de aplicações não convencionais. A mera simulação de tipos de dados não convencionais em um SGBD-R pode ter efeitos colaterais, como queda de desempenho, dificuldade de codificação e posterior manutenção da aplicação.

Os SGBDs estendem o modelo relacional, entre outras características, com um sistema de tipos de dados rico e estendível, oferecendo operadores que podem ser

utilizados na linguagem de consulta. Possibilitam ainda a extensão dos mecanismos

de indexação sobre os novos tipos. Essas características reduzem os problemas ocorridos na simulação de tipos de dados pelos SGBDs, tornando os SGBDs uma solução atrativa para aplicações não convencionais.

Geo-Tecnologias

Nos últimos anos, além das tecnologias comerciais, vem surgindo um grande número de tecnologias baseadas em software livre para trabalhar com dados geográficos. O objetivo deste projeto foi apresentar alguns sistemas livres com enfoque

em Bancos de Dados Geográficos, habilitando ainda mais suas funcionalidades, arquiteturas, modelos e disponibilidades.

O TerraView na Saúde Coletiva de Campos dos Goytacazes

O TerraView é um aplicativo geográfico construído sobre a biblioteca TerraLib pela Divisão de Processamento Digital de Imagens (DPI) do INPE (www.dpi.inpe.br).

Assim como a biblioteca, esse aplicativo é distribuído como software livre e com o código fonte aberto, seguindo a licença LGPL, através do endereço www.dpi.inpe.br/terraview. Está disponível para os sistemas operacionais Windows e Linux.

Esse sistema é um exemplo de como desenvolver aplicativos geográficos utilizando a biblioteca TerraLib. O TerraView é composto basicamente por um conjunto de interfaces gráficas que são manipuladas por usuários de SIG e que, internamente, utilizam as funcionalidades da TerraLib. Portanto, o TerraView funciona como uma interface gráfica entre os usuários de SIG e a biblioteca, como ilustrado na Figura 5.9.

Um banco de dados criado pelo TerraView possui a mesma estrutura de um banco de dados TerraLib, pois o armazenamento e recuperação dos dados geográficos são feitos pela biblioteca. Assim, o aplicativo pode utilizar qualquer SGBD suportado pela biblioteca.

TerraLib

TerraLib (Vinhas, 2005) é uma biblioteca de classes escritas em C++ base para a construção de aplicativos geográficos de arquitetura integrada. É distribuída como software livre e com o código fonte aberto, seguindo a licença LGPL – GNU Lesser Public License, através do endereço www.terralib.org. Essa biblioteca é multiplataforma e desenvolvida pela Divisão de Processamento de Imagens (DPI) do INPE (www.dpi.inpe.br), juntamente com a Funcate (www.funcate.org.br) e a Tecgraf da PUC-RIO (www.tecgraf.puc-rio.br).

Existe um módulo central, chamado kernel, composto de estruturas de dados espaços-temporais, suporte a projeções cartográficas, operadores espaciais e uma interface para o armazenamento e recuperação de dados espaços-temporais em SGBD, além de mecanismos de controle de visualização. Em um módulo composto de drivers a interface de recuperação e armazenamento é implementada. Esse módulo também contém rotinas de decodificação de dados geográficos em formatos abertos e proprietários. Funções para análise espacial como, por exemplo, processamento de imagens, estatísticas espaciais e operações geográficas são implementadas utilizando as estruturas do kernel da biblioteca. Finalmente, sobre esses módulos podem ser construídas diferentes interfaces aos componentes da TerraLib em diferentes ambientes de programação (Java, COM, C++) inclusive para a implementação de serviços OpenGIS como o WMS – Web Map Server.

Figura 1 – Incidência de DENGUE Janeiro /2009

O Banco de Dados escolhido – PostGIS para PostgreSQL

O PostgreSQL (Stonebraker and Rowe, 1986) é um sistema gerenciador de banco de dados objeto-relacional, gratuito e de código fonte aberto, desenvolvido a partir do projeto Postgres, iniciado em 1986, na Universidade da Califórnia em Berkeley, sob a liderança do professor Michael Stonebraker. Em 1995, quando o suporte a SQL foi incorporado, o código fonte foi disponibilizado na Web (http://www.postgresql.org).

Desde então, um grupo de desenvolvedores vem mantendo e aperfeiçoando o código fonte sob o nome de PostgreSQL.

Um dos pontos fortes desse SGBD é seu potencial de extensibilidade, o que possibilitou o desenvolvimento de uma extensão geográfica mais completa, chamada PostGIS (Ramsey, 2002). Esta extensão foi desenvolvida por uma empresa canadense chamada Refractions Research Inc (http://postgis.refractions.net), que mantém a equipe de desenvolvimento. Seu código fonte é aberto (GNU GPL), seguindo a especificação SFS-SQL do OGC.

Interface Web / WEBGIS

1.23 – Servidor de Mapas – MapServer

A principal funcionalidade deste sistema é a renderização de mapas a serem exibidos na Web. Permite tanto a criação de aplicativos Web customizados quanto de servidores de mapas. Neste último caso, o MapServer disponibiliza suporte a três serviços da OGC (como cliente ou servidor): WMS, WFS (somente para consulta) e WCS. Originalmente desenvolvido pela Universidade de Minnesota (http://mapserver.gis.umn.edu/), seu código fonte é aberto, escrito em linguagem C e multiplataforma.

Uma de suas características é a diversidade de formatos de entrada suportados, tanto vetorial quanto matricial. Nativamente, possui suporte a arquivos shape da ESRI, WFS, GML, PostGIS, ArcSDE, Oracle Spatial, JPEG, GIF, PNG, TIFF e GeoTIFF, além de outros formatos suportados por meio da biblioteca GDAL/OGR. A saída pode ser feita em formatos PNG, JPEG, GIF, SVG, PDF, WFS, WMS, GeoTIFF (via GDAL), Flash(swf).

Entre as principais funcionalidades disponíveis neste sistema, podemos citar a

geração automática de legendas, barra de escalas, possibilidade de uso de símbolos nos mapas, suporte a fontes true-type, controle de colisão de rótulos e controle de desenho dependente de escala.

Podemos construir um aplicativo, basicamente, de duas maneiras: através da interface CGI ou através da interface MapScript disponibilizada para as linguagens PHP, Perl, Python, Ruby, Tcl, Java, e C#. A primeira maneira de construção é a mais comum de encontrarmos nos aplicativos espalhados pela Web.

Tipicamente, um aplicativo construído com a interface CGI é composto por um arquivo de configuração (MapFile) e arquivos HTML (templates) que controlam a exibição dos mapas e legendas gerados pelo MapServer, bem como as informações a serem enviadas ao CGI. O arquivo de configuração é um documento texto que define, entre outras coisas, a área do mapa, as camadas de informação disponíveis e a localização desses dados, o local onde as imagens de saída podem ser armazenadas temporariamente e o formato de saída.

Estrutura e Desenho

Diversos cuidados na elaboração da Interface website foram considerados para facilitar a visualização das opções para o visitante. Entre estes, legibilidade de gráficos e dados estatísticos, temperatura de cor adequada, áreas vazias (respiradouros) e cores diferenciadas para delimitar os campos de informação. Partindo de uma visão profissional de cada papel envolvido, os elementos relativos ao projeto gráfico inicial foram trabalhados de modo a não interferir na programação já estabelecida.

Com o surgimento de uma quantidade cada vez maior de possibilidades de consultas, o projeto evoluiu de modo a utilizar informações agrupadas em seções (utilizando recursos de camadas) que oferecem um maior detalhamento de consultas e permite a inclusão de novos dados sem alterar a estrutura principal do desenho.

Navegação

A acessibilidade e navegação do do WEBSITE Sistema de Referências Geoprocessadas foram privilegiadas, oferecendo ao visitante a possibilidade de realização de consultas através de várias possibilidades de navegação, independente de seu grau de conhecimento.

2 – Conclusões

O WEBSITE do SISTEMA DE REFERÊNCIAS GEOPROCESSADAS tem se mostrado uma eficiente tecnologia para a publicação de dados georeferenciados através da Internet. Chama a atenção o grande volume de solicitações oriundo da apresentação da tecnologia aos gestores, tanto de pessoas levantando questionamento do funcionamento, quanto de pessoas respondendo as mesmas.

Está proporcionando o acesso a informações sobre a população de todos os bairros do município de Campos dos Goytacazes, além do mapa de desenvolvimento regional, hidrografia e sistema viário através das rodovias e logradouros de algumas localidades do Município.

Referências

[1] MAPSERVER. Mapserver. [on line]

[2] VRSALOVI, Vinko. Usa Postgresql y Postgis para desarrilar Gis (Sig)

[3] W3C. Mapserver.

[4] CÂMARA, G.; SOUZA, R.; FREITAS, U.; GARRIDO, J. SPRING: Integratin Remote Sensing and GIS with Object-Oriented Data Modelling. Computers and Graphics, v. 15, n.6, p. 13-22, 1996.

[5] CÂMARA, G. S., R.C.M.; MONTEIRO, A.M.V.; PAIVA, J.A.C; GARRIDO, J. Handling Complexity in GIS Interface Design. In: I Brazilian Workshop on Geoinformatics. SBC, Campinas, SP, 1999. p.

[6] IBM, 2003, Working with the geodetic and spatial datablade modules

[7] LISBOA, F. J. R. J. M. F. D., J.; SODRÉ, V. F. ArgoCASEGEO – an open source CASE tool for Geographic Information Systems modelling using the UMLGeoFrame model. In: 7th International Conference On Infromation Systems Implementation and Modelling. Czech Republic, 2004. p.

[8] PARDINI, R.; SOUZA, S.; BRAGANETO, R.; METZGER, J.-P. The role of forest structure, fragment size and corridors in maintaining small mammal abundance and diversity in an Atlantic forest landscape. Biological Conservation, v. 124, p. 253-266, 2005.