Page 24 - CATÁLOGO MONUMENTOS HISTÓRICOS
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PATRIMÔNIO                                                                                                                                                              PATRIMÔNIO
                                                SUPERINTENDÊNCIA DO CENTRO                                                          CULTURAL                                                                            SUPERINTENDÊNCIA DO CENTRO                                                           CULTURAL
                                                DE INFORMAÇÕES E DADOS DE CAMPOS                                                                                                                                        DE INFORMAÇÕES E DADOS DE CAMPOS
                                                                                                                               DE CAMPOS  DOS GOYTACAZES                                                                                                                                               DE CAMPOS  DOS GOYTACAZES


                                                                                                AZEVEDO CRUZ





                                                                              João Antônio de Azevedo Cruz nasceu no dia 22 de julho de 1870 em Campos dos Goytacazes, na loca-
                                                                             lidade de Lagoa de Cima. Estudou no Liceu de Humanidades de Campos, foi poeta, teatrólogo, jornalista e
                                                                             advogado brasileiro. Formou-se como Bacharel em Direito no ano de 1895.
                                                                              No campo político, foi secretário de Estado do Rio de Janeiro (eleito deputado) e Chefe de Polícia do Esta-
                                                                             do, posto em que faleceu em Nova Friburgo, em 1905.
                                                                              Aos 17 anos publicou um de seus primeiros versos, “Teus olhos”, no jornal A Aurora, de Campos. Traba-
                                                                            lhou também no jornal A República e, depois de formado, na Gazeta do Povo e no Monitor Campista.
                                                                              Considerado um poeta sentimental, lírico, um de seus poemas, o “Amantia Verba”, se transformou no
                                                                             hino da cidade, após ser selecionado pela Academia Campista de Letras. Com música composta por Newton
                                                                             Perissé Duarte, o hino foi cantado em público pela primeira vez em 1954, em cerimônia realizada no Clube
                                                                             de Regatas Saldanha da Gama.
                                                                              No campo poético, tinha grande admiração pelo seu contemporâneo Cruz e Souza. Azevedo Cruz gostava
                                                                             de retratar, descrevendo de forma rica e detalhada sua cidade natal. Foi também líder do movimento simbo-



                                                                              Letra do Hino de Campos dos Goytacazes


                                                                              Campos Formosa, intrépida amazona          Urna de encantos, pérola do sul
                                                                              Do viridente plaino goitacás               Campos Formosa, intrépida amazona
                                                                              Predileta do luar como Verona              Do viridente plaino goitacás
                                                                              Terra feita de luz e madrigais             Predileta do luar como Verona
                                                                              Ó Paraíba, ó mágica torrente               Terra feita de luz e madrigais
                                                                              Soberana dos prados e vergéis              Ó Paraíba, ó mágica torrente
                                                                              Por onde passas como um rei do oriente     Soberana dos prados e vergéis
                                                                              Os teus vassalos vêm beijar-te os pés      Por onde passas como um rei do oriente
                                                                              Nada iguala os teus dons, os teus primores  Os teus vassalos vêm beijar-te os pés
                                                                              Val de delícias, o teu céu azul            Ó Paraíba, ó mágica torrente
                                                                              Minha terra natal ninho de amores          Rio que rolas dentro do meu peito.
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