Conhecendo o SUAP: O Sistema de Gestão que será Adotado pela Prefeitura de Campos dos Goytacazes

Por: Estela Paulino

Desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), o Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP) é um ambiente que visa a gestão integrada de processos administrativos e acadêmicos.

O projeto começou em 2006 com o objetivo de atender demandas específicas do IFRN, que na época era o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (CEFET-RN). Atualmente, o SUAP contempla mais de 40 módulos em constante evolução e é utilizado em diversas instituições federais, estaduais e municipais.

Para ter acesso ao sistema não é necessário pagar licença, pois o SUAP é gratuito. A instituição interessada assina um acordo de cooperação com o IFRN e passa a colaborar com o projeto e receber atualizações, com melhorias e acréscimos de funcionalidades, além de correções de erros.

Por ser um sistema que vai impactar em diversos setores da administração, a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes optou por inicialmente fazer a implantação dos módulos de Documentos Eletrônicos, Ensino e Gestão de Pessoas e Processos Eletrônicos. A seguir, segue uma breve descrição dos módulos que serão utilizados.

Documento Eletrônico

Módulo responsável pela criação dos documentos internos e externos que serão tramitados de forma eletrônica, como memorandos, circulares, portarias e ofícios. É possível cadastrar, editar, clonar e vincular documentos, definir permissão de acesso e assinar documentos digitalmente.

 

Figura 1 – Criação de documento eletrônico
Fonte: IFRN, 2022b – Adaptado

 

Ensino

Responsável pelo gerenciamento dos dados acadêmicos, o módulo tem funcionalidades para realizar a matrícula dos alunos, gerenciar cursos, configurar turmas e diários, registrar aulas, fazer lançamento de frequência e notas. Na Área do Aluno, o discente pode acessar suas informações pessoais e acadêmicas, receber notificações sobre pendências e emitir declarações e comprovantes, que serão previamente configurados pela unidade escolar.

Figura 2 – Registrar aula
Fonte: IFRN, 2022b – Adaptado

 

Gestão de Pessoas

Módulo responsável pela gestão dos recursos humanos da instituição. Além de cadastros básicos, permite o acompanhamento funcional do servidor, com o histórico das funções desempenhadas, frequência, férias, licenças e banco de horas.

 

Figura 3 – Adicionar comprovação de frequência
Fonte: IFRN, 2022b – Adaptado

 

Processo Eletrônico

Permite a criação e a tramitação eletrônica de processos entre os setores da instituição. Além de anexar informações por meio de upload, é possível vincular ao processo qualquer registro gerado pelo módulo de documento eletrônico, como memorandos, ofícios, pareceres e circulares. A partir do número do processo, é possível acompanhar seu andamento, responder questionamentos e fazer despachos, como em um processo físico.

 

Figura 4 – Acompanhamento de processo eletrônico
Fonte: IFRN, 2022b – Adaptado

 

Referências

COSTA, Monalisa Mirelle do Nascimento. Análise da usabilidade do Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP) do IFRN. Pau dos Ferros: Instituto Federal do Rio Grande do Norte | Campus Pau dos Ferros, 2016. Disponível em: <https://memoria.ifrn.edu.br/bitstream/handle/1044/919/analise_usabilidade_suap.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2022.

LIMA, Roberto Ramos de. Projetos de práticas profissionais: analisando a usabilidade dos módulos integrados ao SUAP no Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Braga: Universidade do Minho, 2019. Disponível em: <https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/63507/1/ROBERTO%20RAMOS%20DE%20LIMA.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2022.

IFRN. SUAP: Sistema Unificado de Administração Pública. Disponível em: <https://portal.ifrn.edu.br/tec-da-informacao/lateral/servicos/sobre-o-suap>. Acesso em: 16 mar. 2022a.

IFRN. Documentação do Sistema Unificado de Administração Pública. Disponível em <https://suap.ifrn.edu.br/comum/documentacao/>. Acesso em: 17 mar. 2022b.

IFRR. Sistema Unificado de Administração Pública: um software desenvolvido por uma instituição pública para instituições públicas. Disponível em <https://portal.suap.ifrr.edu.br/>. Acesso em: 16 mar. 2022.

PMCG. Administração e CIDAC reúnem profissionais de TI para apresentação do SUAP. Disponível em: <>. Acesso em: 17 mar. 2022.

Checklist de manutenção preventiva de computadores

A manutenção preventiva de computadores é essencial para garantir o bom funcionamento dos mesmos. É preciso estar sempre acompanhando o que precisa ser trocado ou atualizado e não deixar para consertar os computadores apenas quando danificam.

Nesse ponto as empresas se perguntam por onde começar, o que podem fazer para melhorar o funcionamento de seus PCs e até mesmo evitar perda de equipamentos por descuido com pequenos detalhes ou o gasto excessivo na hora de enviar para a assistência técnica.

Aí entra a importância do checklist de manutenção preventiva de computadores. Cada detalhe que deve ser verificado e então corrigido. E onde entra a economia? Simples, a empresa aposta em uma manutenção de prevenção, ou seja, não espera o computador perder totalmente seu funcionamento para então enviá-lo ao conserto ou chamar um técnico.

Algumas coisas inclusive podem ser feitas na própria empresa pela pessoa que utiliza o computador, sem a necessidade de se chamar um técnico. Já outras exigem que o computador visite a assistência, mas como uma manutenção preventiva e não um conserto.

O que levar em conta no checklist de manutenção preventiva de computadores?

Existem algumas situações que podem ser consideradas as principais culpadas pela lentidão ou até mesmo a perda de funcionamento dos computadores. Ao prevenir esses problemas é possível aumentar a vida útil do computador e garantir uma boa economia.

Dentre o que se deve levar em conta no checklist de manutenção preventiva de computadores, estão:

1. Remoção do excesso de poeira

Assim como qualquer outro objeto, os computadores também acumulam poeira, inclusive em seu interior, um local difícil de limpar com uma simples passada de pano.

Para realizar a remoção do excesso de poeira é preciso uma limpeza realizada por um técnico, que irá abrir o gabinete ou o notebook e então limpar a poeira presente entre suas peças.

Inclusive, a poeira pode ser a causa do mal funcionamento de computadores que não apresentam nenhum outro problema e são novos.

2. Limpeza de coolers e verificação de sua eficiência de rotação

Os coolers são responsáveis por manter o computador em funcionamento sem que suas peças assumam temperaturas muito elevadas. É a peça que garante que o computador não superaqueça e queime ou então se desligue.

Assim como o restante da máquina, essa peça também acumula poeira e precisa ser limpa. Além disso, com o tempo, acaba perdendo sua capacidade de rotação e resfriando menos o gabinete ou notebook. Em alguns casos é preciso até mesmo lubrificá-los com grafite em pó.

Sendo assim, a manutenção preventiva de computadores é uma forma de aumentar o tempo de vida da CPU e evitar a queima de placas e peças devido ao mal funcionamento do cooler.

3. Troca de pasta térmica do processador

A pasta térmica trabalha em conjunto com o cooler para garantir um resfriamento eficiente do processador. O que significa dizer que de nada adianta deixar o cooler em perfeito funcionamento e não realizar a troca da pasta térmica do processador.

O recomendado é que a manutenção preventiva de computadores seja feita a cada seis meses para a troca da pasta térmica, pois ela vai se desgastando conforme o uso.

Se for feita alguma manutenção do cooler, a pasta térmica deve ser trocada também, pois perde sua aderência. Tanto que o ideal é que o cooler e pasta térmica sejam trabalhados em conjunto na manutenção preventiva de computadores.

4. Verificar a disposição dos cabos dentro do gabinete

A forma como os cabos estão dispostos dentro do gabinete também interfere no bom funcionamento da máquina.

A manutenção preventiva de computadores nesse caso tem por objetivo verificar se estão bem-dispostos para garantir uma melhor circulação de ar por todo o computador. Assim o resfriamento do mesmo é mais eficiente e se evita a queima de peças.

5. Desfragmentação de disco

Conforme o computador é usado, seus arquivos são dispostos no disco rígido de forma “espalhada” e não organizada. Como resultado disso, o computador pode apresentar lentidão após algum tempo de uso.

Para evitar o problema, basta fazer uma desfragmentação de disco, que irá juntar todas as partes do disco rígido já utilizadas e assim organizar tudo que está salvo por ali, em uma ordem que facilita e acelera o funcionamento do computador.

6. Verificação e remoção de vírus

Computadores estão frequentemente recebendo arquivos de pen drives ou então baixados através do e-mail. Como resultado disso, é possível o aparecimento de vírus que infectam a máquina e prejudicam seu desempenho.

Uma forma de fazer a manutenção preventiva de computadores nesse caso é manter instalado um programa de antivírus, como o Norton, McAfee e outros sempre atualizado e em funcionamento para conseguir verificar e remover os vírus recebidos.

7. Verificação e remoção de spywares

Outro problema que costuma afetar as máquinas (além dos vírus de computador), são os spywares. Aliás, podemos dizer que estes são até mais comuns e conseguem contaminar os computadores mais facilmente.

Basta um acesso a uma página e adwares podem infectar a máquina com spywares.

Além do antivírus é preciso manter instalado um programa anti-spyware, como o Spybot, que irá buscar e remover os spywares que se instalarem no computador.

8. Atualização de drivers de dispositivos

Um computador deve sempre ser mantido atualizado, desde seus softwares a até mesmo seus drivers de dispositivos. Uma atualização no software pode necessitar de atualização de drivers para que os dispositivos funcionem melhor ou até mesmo consigam executar suas funções.

Os drivers de dispositivos estão disponíveis no site do fabricante do computador e podem ser baixados gratuitamente. O ideal é verificar ao menos de três em três meses se não há novas atualizações disponíveis e assim prevenir problemas com as máquinas.

9. Limpeza de arquivos temporários

A limpeza de arquivos temporários libera espaço no HD e pode ser feita manualmente.

Os arquivos temporários são criados com o objetivo de acelerar a abertura de aplicativos e o carregamento do sistema, mas com o tempo podem ocupar tanto espaço que acabam deixando o PC muito lento.

Para realizar a limpeza de arquivos temporários em uma manutenção preventiva de computadores, basta acessar as configurações de sistema e procurar onde se encontram os arquivos temporários. No Windows 10 isso é feito ao clicar em configurações, sistema, armazenamento e então excluir os arquivos temporários.

Fonte: https://www.positivoservers.com.br/blog/manutencao/manutencao-preventiva-de-computadores/

Fala humana já pode ser replicada por robôs; risco de fraudes preocupa

Desde o fim do século XVIII, o ser humano tenta usar a tecnologia para replicar a voz. O exemplo mais antigo de que se tem notícia é o dispositivo criado por Wolfgang von Kempelen, oficial da corte austríaca e inventor amador. A máquina falante de Kempelen, como ficou conhecida, usava um fole, tubos, pedaços de madeira e uma caixa de ressonância para replicar a emissão vocal a partir da circulação de ar — é mais ou menos o mesmo processo do corpo humano. O sistema, embora primitivo, era capaz de emitir alguns fonemas e até palavras simples, como “mama” e “papa”. Duzentos e cinquenta anos depois da invenção de Kempelen, a tecnologia de reprodução da voz humana avançou tanto que, agora, é quase impossível para um leigo diferenciar um discurso real, feito por um leigo diferenciar um discurso real, feito por uma pessoa de carne, osso e cordas vocais, de outro criado em computador.

O notável desenvolvimento de vozes sintéticas deu origem, por sinal, a um mercado bilionário — e perigoso. De acordo com dados do instituto de pesquisa MarketsandMarkets, o setor movimentou 8,3 bilhões de dólares em 2021 e deverá alcançar 22 bilhões de dólares até 2026. É uma área que inclui assistentes virtuais como Siri e Alexa, sistemas de atendimento virtual de bancos e até celebridades que emprestam a voz para aplicativos. O perigo reside na possibilidade de replicar vozes reais para, por exemplo, fins políticos, fraudes ou ataques a reputações.

 

VAL KILMER – Recuperado: sua voz, prejudicada pelo câncer, foi recriada –
EuropaNewswire/Gado/Getty Images

 

O documentário Roadrunner, sobre o chef Anthony Bourdain, suscitou debates sobre o tema. Nele, o diretor Morgan Neville usou inteligência artificial para transformar frases que Bourdain escreveu, mas nunca falou, em narrações em off. Sem especificar o que era original e o que era fake, Neville foi acusado de enganar o público. Embora tenha dito que a família deu a autorização necessária, a polêmica persiste.

No vale-tudo da arena política, as vozes sintéticas podem causar enormes estragos. O cineasta Jordan Peele, do aclamado Corra!, criou um vídeo do ex-presidente americano Barack Obama usando a tecnologia deepfake, que mescla imagens reais com falas falsas, para alertar sobre os riscos. “Estamos entrando em uma era em que nossos inimigos podem fazer com que qualquer um pareça dizer qualquer coisa”, disse
a voz fake de Obama.

Nesse contexto, plataformas como WhatsApp e Telegram, nas quais mensagens de áudio são amplamente usadas, representam um perigo adicional. No Brasil, nunca é demais lembrar, há uma eleição presidencial no horizonte e provavelmente o artifício das vozes fake será usado por políticos mal-ntencionados. “Toda eleição é impactada por ações de guerrilha”, diz Marcelo Vitorino, professor de marketing político da ESPM. “É preciso ter em mente que quem usa esse tipo de ação pretende uma coisa: asfixiar o debate político real, que é o que interessa ao eleitor.” Ele lembra que, ao contrário dos vídeos, em que (ainda) é possível identificar as alterações, no caso das vozes a tarefa requer a análise minuciosa de peritos.

 

 

Alheio à polêmica, o mercado está em alta. Empresas como a Speech Morphing, com sede em San Jose, na Califórnia, oferecem serviços de criação de clones vocais. O cliente grava centenas de frases, algumas delas sem sentido em uma conversa normal, mas que ajudam a treinar a máquina. A partir dessas gravações, a inteligência artificial reconhece padrões e particularidades de cada discurso, criando uma versão sintética capaz de dizer qualquer coisa, com entonações diferentes. O nível de sofisticação, de fato, impressiona. É possível escolher sonoridades mais ou menos humanas, a depender dos objetivos. Um eletrodoméstico inteligente pode ter uma voz mais robótica, enquanto um assistente voltado para idosos ou crianças emite sons que confortam. Até a respiração pode ser replicada, se for necessária para oferecer mais realismo.

A tecnologia tem sido explorada também na área da saúde. O ator Val Kilmer, conhecido por interpretar Batman no cinema, foi diagnosticado com câncer na garganta em 2015. Após anos de tratamento, se curou da doença, mas ficou com sequelas. Além de usar uma sonda para se alimentar, sua voz desapareceu. Foi graças aos avanços na criação de vozes sintéticas que ele recuperou parte da capacidade de se expressar. A partir de gravações antigas, incluindo falas de filmes, os algoritmos produziram quarenta modelos diferentes da voz de Kilmer, até que ele escolheu aquela que mais se aproximava do real. A semelhança é extraordinária. As novas tecnologias, vale ressaltar, são capazes de realizar feitos únicos — e positivos. O que não é certo é usá-las para propagar mentiras. Cada vez mais será Cada vez mais será preciso manter os ouvidos bem atentos.

Publicado em VEJA de 23 de fevereiro de 2022, edição nº 2777

O que são cidades inteligentes e como elas formam o futuro sustentável

A transformação das cidades envolverá vários desafios nos próximos anos, segundo a revista portuguesa Exame Informática. A questão pontuada pela reportagem é que não se trata mais de definir as cidades inteligentes a partir de parâmetros como eficiência energética e adoção de políticas de sustentabilidade, mas sim de admitir que talvez só as cidades inteligentes serão sustentáveis no futuro. O argumento faz sentido, pois dentro de 30 anos seremos mais de 10 bilhões de pessoas, majoritariamente vivendo em regiões urbanas. Para entender melhor o assunto, criamos este guia rápido com exemplos reais sobre o tema:visao.sapo.pt/…/2021-03-29-no-futuro-so-as-cidades-inteligentes-serao-sustentaveis

 

 Cidades inteligentes em resumo

Pensar em cidades inteligentes ou smart cities, como são conhecidas em inglês, pode ser um exercício complexo, mas felizmente temos especialistas que se dedicaram a isso. É o caso de Amy Glasmeiera e Susan Christopher, do Departamento de Estudos Urbanos e Planejamento do MIT. Elas são autoras do relatório Thinking about smart cities e resumem a avaliação de vários especialistas no tema.

Segundo as especialistas, as sementes do conceito de cidades inteligentes podem ser encontradas em uma série de conversas entre estudiosos e profissionais na década de 1980. Os exemplos da época tinham em mente realidades como as do Vale do Silício ou então falavam de futuros centros urbanos com informações avançadas e complexos de fibra óptica. Hoje, conforme a reportagem da Exame Informática, os especialistas citam a inevitável adoção de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), WiFi, Big Data, Cloud Computing e Mobile apps, suportadas por infraestruturas de fibra ótica, redes Móveis 4G/5G, data centers, e dispositivos adequados que permitirão responder aos desafios e à visão transformadora das zonas urbanas.

“Uma cidade inteligente usa tecnologia da informação e comunicação (TIC) para melhorar a eficiência operacional, compartilhar informações com o público e fornecer uma melhor qualidade de serviço governamental e bem-estar do cidadão”, resume a consultoria de engenharia TWI.

 Anatomia das cidades inteligentes

Como destaca o Thales Group, as cidades inteligentes não são apenas um conceito ou um sonho do futuro, mas muitas delas começam a ganhar corpo graças a soluções inovadoras baseadas, por exemplo, na Internet das Coisas (IoT). Outro caminho possível é o uso de tecnologias celulares e sem fio de baixa potência (LPWAN) para conectar e melhorar a infraestrutura, eficiência, conveniência e qualidade de vida para residentes e visitantes.

Exemplos não faltam: semáforos conectados recebem dados de sensores e carros, podendo ajustar a cadência e o tempo da luz para responder ao tráfego em tempo real, reduzindo o congestionamento nas estradas. Carros conectados podem se comunicar com parquímetros e plataformas de carregamento de veículos elétricos (EV) e direcionar os motoristas para o local disponível mais próximo. E mais: latas de lixo inteligentes enviam dados automaticamente para empresas de gerenciamento de resíduos e agendam a coleta conforme necessário em comparação com um cronograma pré-planejado.

Esgoto monitorado via sensores

Uma cidade inteligente é também sustentável e a norte-americana South Bend é exemplo disso. Ela deverá economizar US$ 400 milhões com um projeto de esgoto inteligente, que inclui um sistema com 165 sensores e softwares ativados em toda a bacia hidrográfica da cidade, gerenciando 13 portões e válvulas automatizadas.

O projeto foi endossado pela Autoridade de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ). A EPA, o DoJ e a cidade de South Bend assinaram originalmente um decreto de consentimento em 2012, em resposta à envelhecida infraestrutura de esgoto da cidade que frequentemente transbordava, descarregando milhões de litros de esgoto e águas pluviais no histórico Rio St. Joseph a cada ano.

O plano para resolver o problema foi definido para custar aos contribuintes de South Bend US$ 713 milhões em melhorias de capital. Mas as partes anunciaram que estão alterando o acordo original com um plano revisado baseado na tecnologia de “esgoto inteligente”. A nova abordagem da cidade, usando a solução de otimização de rede de águas residuais, oferece “melhor proteção com custo mais baixo”, de acordo com a EPA.

 

Iluminação pública eficiente

Outro exemplo que vem dos Estados Unidos é o projeto de eficiência energética liderado pela concessionária de serviços públicos NYPA, em Utica, no estado de Nova York. A utilitie concluiu um programa de iluminação pública inteligente e eficiência energética ao instalar, em parceria com a prefeitura local, um total de 7.140 postes de luz LED inteligentes, como parte do Smart Street Lighting NY .

A iniciativa é um programa com a meta de substituir 50 mil postes de luz por modelos inteligentes e com baixo consumo de energia até 2025. No estado de Nova York, outros 286 mil postes de luz inteligentes foram instalados como parte do programa, incluindo as cidades de Albany, Rochester, Syracuse e White Plains.

A NYPA financiou o projeto de US$ 11,1 milhões para a cidade de Utica. Alguns sistemas de gerenciamento de ativos e postes de LED foram instalados para operação em tempo real dos postes de luz, com relatórios automatizados de interrupções e para reduzir os custos de energia associados a manter a cidade iluminada e segura. Espera-se que o projeto retorne US$ 1,5 milhão em economia anual.

Os modelos de LED instalados são de 50% a 65% mais eficientes energeticamente em comparação com outros no mercado ou postes de luz existentes que estão sendo substituídos. A tecnologia instalada permite que a cidade diminua ou aumente remotamente a capacidade de iluminação dos postes de rua. Espera-se que o programa abra caminho para cidades inteligentes e aplicações de redes inteligentes, com os postes sendo usados ​​para instalar câmeras, sensores meteorológicos, medidores inteligentes e a rede para fornecer serviços WI-Fi.

Economia circular do lixo

Bratislava, a capital da Eslováquia, é um modelo de cidade europeia que está endereçando a questão do lixo, ao mirar na independência da reciclagem e gestão inteligente de resíduos. Em parceria com a empresa municipal de gestão de resíduos Odvoz a likvidácia odpadu (OLO), a cidade adquiriu uma linha de triagem automatizada moderna e negociou a rescisão do contrato com a antiga responsável.

Bratislava tem agora a ambição de aumentar a taxa de classificação, e especialmente a reciclagem de plásticos selecionados, do atual nível de 10% a 15% para 45%, no curto prazo. O aumento é considerado importante não só para Bratislava como cidade, mas também para o ambiente, uma vez que uma melhor separação dos resíduos para reciclagem antes da recuperação poupa recursos fósseis primários e florestas, o que tem um impacto direto na descarbonização e mitigação das alterações climáticas.

Outra novidade é o projeto para digitalizar a coleta de lixo e torná-la econômica e ecologicamente correta, iniciado em cooperação com a Sensoneo, fornecedora de soluções inteligentes de gestão de resíduos para cidades e empresas.

Apoiada por uma subvenção do Conselho Europeu de Inovação, a iniciativa inclui a instalação de sensores Sensoneo em recipientes de lixo de vidro e lixeiras subterrâneas em Bratislava, colocando dispositivos em caminhões de lixo para verificar automaticamente as coletas e otimizar a rota. Com este projeto, a cidade espera economizar na quilometragem e emissões relacionadas à coleta de lixo, além de melhorar sua capacidade de intervir rapidamente no caso de contêineres sobrecarregados.

Redes inteligentes economizam energia

Um novo estudo da Juniper Research descobriu que as implantações globais de redes inteligentes levarão a uma economia anual de energia de 1.060 terawatts-hora até 2026. É um aumento de 774 terawatts-hora em relação aos números de 2021. A pesquisa identificou o aumento da sustentabilidade e da segurança energética como essenciais para o apelo das redes inteligentes, com análises e redes responsivas à demanda capazes de ter um impacto importante em um futuro repleto de energias renováveis.

No caso de cidades inteligentes e sustentáveis, o destaque do estudo são os medidores de nova geração. O estudo descobriu que as implementações desse tipo de dispositivos estão aumentando, com medidores inteligentes globais em serviço definidos para alcançar mais de 2 bilhões em 2026 (comparados com os 1,1 bilhão em 2021). Embora isso represente um crescimento de 95%, a adoção global é muito desigual com mercados como América Latina, África e Oriente Médio que ficam significativamente atrás da Europa Ocidental, Extremo Oriente e China.

O relatório prevê que os fornecedores que conseguirem combinar melhor as análises que fornecem insights operacionais para empresas de energia, com sensores de baixo custo e conectividade, alcançarão o maior sucesso.

Mobilidade urbana do futuro

Assim como o uso eficiente de energia e a economia circular do lixo, entre outras iniciativas, a mobilidade futura também moldará as cidades inteligentes. E três forças estão envolvidas nesse assunto: provedores de serviços de mobilidade, operadoras de transporte público e municípios. Todas as três podem se beneficiar do conceito de uma cidade inteligente, segundo artigo da revista Automotive World. Mas elas têm que colaborar.

As autoridades, por exemplo, podem agilizar o funcionamento de suas cidades e torná-las mais eficientes, economizando dinheiro e gerando novas receitas públicas.

De acordo com duas pesquisas recentes da Accenture, os serviços de mobilidade têm o potencial de criar um enorme valor econômico. O mercado de serviços de mobilidade na China, nos EUA e na Alemanha cresceu para mais de US$ 140 bilhões na última década, e esse número mais que triplicará até 2030. Além da vantagem financeira, os serviços de mobilidade podem se tornar essenciais para enfrentar duas das questões mais urgentes da vida urbana: emissões de carbono e cidades superlotadas. As municipalidades, aliás, têm um papel fundamental, pois podem estabelecer regulamentos como preços para vagas de estacionamento ou pedágios. Ou seja: tornam-se um facilitador-chave para serviços de mobilidade.

Intel vai investir US$ 100 bilhões em nova fábrica e chips

A Intel anunciou nesta sexta-feira (21) que vai investir US$ 100 bilhões (mais de R$ 542 bilhões na cotação atual) na construção do que a empresa chamou de “maior complexo de fabricação de chips do mundo”.

A estratégia visa aumentar a capacidade de manufatura na categoria em meio a escassez de semicondutores no mundo, que afeta setores como a indústria automotiva e de smartphones.

Segundo o atual CEO da empresa, Pat Gelsinger, a novidade também chega para tentar restaurar o domínio da Intel no segmento e, por consequência, diminuir a dependência dos Estados Unidos de fazer negócios com fabricantes asiáticos, que atualmente ainda detém uma sólida participação no mercado de componentes eletrônicos.

O local escolhido para as novas instalações foi a cidade de New Albany, que fica no estado de Ohio. De início, a empresa vai destinar US$ 20 bilhões para o projeto. Gelsinger espera que a iniciativa crie pelo menos 3 mil vagas de emprego.

Como a ideia da Intel é expandir o negócio para oito unidades no mesmo local, o investimento chegará na casa dos US$ 100 bilhões nos próximos anos.

O executivo revelou que a região, inclusive, já ganhou o apelido de “silicon heartland” (algo como ‘centro do silício’ em tradução livre), e será “o maior local de fabricação de semicondutores do planeta”.

A má notícia é que os planos atuais não devem ajudar a aliviar a crise dos chips de imediato, já que esses complexos levam anos para serem construídos. Por isso, Gelsinger também reforçou que espera que a escassez de peças persista até 2023.

As construções em Ohio devem começar só no final de 2022, com previsão de início de operação para o ano de 2025.

Samsung é a maior fornecedora de chips do mercado

Vale lembrar que a Intel perdeu o primeiro lugar de fornecedor de chips no ano passado para a sul-coreana Samsung, caindo para o segundo lugar, segundo os dados da Gartner.

Como parte de seu plano de recuperação, a companhia também inaugurou duas fábricas no estado do Arizona em setembro. Por fim, Gelsinger também disse à Reuters que espera anunciar outra grande fábrica na Europa já nos próximos meses.

Fonte: cnnbrasil

Maioria dos brasileiros vê vantagem no uso de inteligência artificial

Quase seis em cada dez brasileiros acreditam que serviços e produtos que usam inteligência artificial trazem mais vantagens do que desvantagens. Uma pesquisa da Ipsos, feita para o Fórum Econômico Mundial, mostrou que 57% dos brasileiros acreditam que os recursos proporcionados por esta tecnologia são benéficos.

O índice entre os brasileiros é maior do que a média dos 28 países pesquisados, que ficou em 52%. Bem acima estão os entrevistados chineses. Na China, 78% das pessoas veem mais vantagens do que desvantagens no uso de inteligência artificial.

Arábia Saudita e Índia completaram o pódio entre os mais confiantes nos benefícios do uso de IA em produtos e serviços, com 76% e 71%, respectivamente. Na outra ponta, estão os franceses. Lá, apenas 31% da população vê vantagem nos serviços com inteligência artificial. Canadá e Holanda completam essa parte do pódio, com 32% e 33%, respectivamente.

Ao analisar os últimos cinco anos, mais da metade, 51%, dos entrevistados brasileiros viram mudanças significativas na vida após a utilização de IA em serviços e produtos. Há ainda quem veja mais alterações nos próximos cinco anos, totalizando 61%. Um outro percentual apontado pela pesquisa da Ipsos mostra que 65% dos brasileiros acha que o uso cotidiano de inteligência artificial facilita a vida.

Os brasileiros enxergam as áreas de educação, segurança e trabalho como as mais impactadas pela tecnologia. As mesmas foram mencionadas pela média dos 28 países pesquisados. Só China e Estados Unidos citaram transportes e entretenimento como as mais afetadas.

A pesquisa foi realizada entre os dias 19 de novembro e 3 de dezembro do ano passado, com quase 20 mil pessoas de idades entre 16 e 74 anos. Cerca de mil desses entrevistados eram brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 3,5%.

Além dos países já citados os outros integrantes da pesquisa foram Austrália, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Espanha, Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Hungria, Malásia, México, Peru, Polônia, Rússia, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia e Turquia.

Fonte: olhardigital

WhatsApp adiciona suporte nativo dentro do aplicativo

Vai ficar mais fácil para quem precisar entrar em contato com o suporte do WhatsApp. Agora, o serviço vai contar com um botão dedicado para entrar em contato com o bate-papo de ajuda dentro do aplicativo. Antes era necessário enviar um e-mail para a empresa, o que tornava o atendimento mais demorado.

De acordo com o WABetainfo, especializado em encontrar dados escondidos nos códigos do app, o recurso chegou a aparecer para algumas versões do Beta no iOS, mas foi removido após pouco tempo. Agora, a função parece estar chegando para usuários da versão final do aplicativo de mensagens.

“Devido a alguns motivos desconhecidos, o WhatsApp teve que parar de fornecer suporte diretamente dentro do aplicativo para os usuários, mas algo está mudando hoje: toda vez que você entrar em contato com o WhatsApp em Configurações do WhatsApp > Ajuda > Fale Conosco, o WhatsApp poderá responder a você em um bate-papo do WhatsApp novamente, Se você quiser”, diz a descrição do site.

Suporte nativo no WhatsApp

Nos testes realizados, a opção de entrar em contato diretamente com o suporte do WhatsApp já aparece disponível na versão mais recente do aplicativo para Android. O recurso deve ser liberado aos poucos para todos os usuários da plataforma.

A plataforma deve ainda receber novas ferramentas de desenho e desfoque de fundo, para facilitar a edição de imagens dentro do aplicativo. Entre as novas ferramentas de desenhos, estão novos lápis, diferentes uns dos outros, que permitirão fazer desenhos nas fotos e vídeos trocados pelo WhatsApp.

O WhatsApp pretende adicionar mais dois lápis além do que já existe, totalizando três opções da ferramenta. Porém, ainda há mais novas funcionalidades em desenvolvimento para edição de imagens. Outra nova ferramenta de edição de desenho permite desfocar imagens usando o editor do app.

Fonte: olhardigital

MediaTek faz demonstração do Wi-Fi 7 e vai lançar produtos em 2023

Em um release divulgado hoje (19), a MediaTek conta que fez a primeira demonstração ao vivo da tecnologia Wi-Fi 7, e vai lançar produtos compatíveis com o padrão em 2023. Com o Wi-Fi 7, ou IEEE 802.11be, os usuários terão velocidades até 2,4 vezes maior do que o Wi-Fi 6, além de uma latência reduzida.

A demonstração foi feita para clientes e parceiros, e incluiu duas partes, justamente para ilustrar esses destaques. A primeira foi focada na velocidade, enquanto a outra, na baixa latência do Wi-Fi 7. Usando as mesmas frequências de 2,4 GHz e 5 GHz usadas no Wi-Fi 6, ou a de 6 GHz no Wi-Fi 6E, o Wi-Fi 7 oferece uma velocidade até 2,4 vezes maior, mesmo com o mesmo número de antenas.

O Wi-Fi 7 funciona com canais de 320 Mhz, e conta com a tecnologia de modulação de amplitude de quadratura (QAM) 4K, e também com MRU (Multi-User Resource unit, ou unidade de recursos multiusuário) para reduzir possíveis interferências. Além disso, ele conta com MLO (Multi-link Operation, ou operação multilink). Essa tecnologia transmite o sinal Wi-Fi em várias bandas paralelamente, e assim, com latência bem menor.

Wi-Fi 7 pode ser substituto de uma rede fixa

Alan Hsu, vice-presidente e gerente de conectividade inteligente da MediaTek, falou sobre a demonstração da tecnologia. “O lançamento do Wi-Fi 7 marcará a primeira vez que o Wi-Fi poderá ser um verdadeiro substituto de rede fixa/Ethernet para aplicativos de altíssima largura de banda”, disse.

Além disso, o executivo acredita que a tecnologia Wi-Fi 7 da MediaTek “fornecerá conectividade perfeita para tudo, desde aplicativos de realidade aumentada/realidade virtual multiplayer, games na nuvem e chamadas com streaming de 4K a 8K e muito mais”.

A MediaTek lembra que está envolvida no desenvolvimento do padrão Wi-Fi 7 desde que ele foi criado. Com a demonstração, a empresa mostra que também é uma das primeiras empresas a adotarem a tecnologia.

Fonte: olhardigital

Preparem-se: o metaverso já é uma realidade

No dia 4 de dezembro, os norte-americano Traci e Dave Gagnon se casaram em uma linda cerimônia, com direito à recepção dos convidados no local da cerimônia e o tradicional discurso dos padrinhos. Parece uma cerimônia de casamento tradicional e comum em grande parte do mundo, não é mesmo? Entretanto, há um detalhe que a diferencia bastante: todo esse roteiro matrimonial também aconteceu virtualmente no Metaverso. Trata-se de um conceito que certamente vai ganhar mais espaço em 2022 conforme migramos diferentes aspectos de nossas vidas ao ambiente digital e borramos o que é on e o que é off-line.

O termo ganhou evidência a partir de outubro, quando todo o Grupo Facebook resolveu mudar de nome e se chamar de “Meta”, numa tentativa de capturar o espírito do nosso tempo e promover um rebranding em sua marca. A grande maioria das pessoas certamente nunca ouviu falar dessa proposta, mas não se engane: ela está aí, crescendo a níveis exponenciais.

Pesquisa do Instituto Kantar Ibope Media, por exemplo, já mostra que 4,9 milhões de brasileiros já transitam por alguma versão do metaverso – equivalente a 6% das pessoas com acesso à internet. É uma realidade viável, uma vez que muitos de nós tivemos que migrar para o virtual a partir da pandemia de covid-19, em março de 2020.

A ideia de um metaverso, ou seja, um ambiente virtual em que vivenciamos situações comuns de nosso dia a dia, não é nova. Curiosamente, surgiu primeiro na ficção científica com a obra Snow Crash, de Neal Stephenson, em 1992, em que avatares interagiam entre si da mesma forma que fazemos no “mundo real”.

A digitalização proporcionada pelo avanço das TICs (tecnologias de comunicação e informação) fez com que essa proposta ganhasse corpo desde então. O Second Life, por exemplo, chegou a fazer relativo sucesso no início dos anos 2000, com entrada de usuários e de empresas, mas faltavam ferramentas necessárias para que esse ambiente, enfim, pudesse proporcionar a mesma experiência que temos deste lado da fronteira tecnológica.

Agora, o cenário é diferente e propício para que os mundos virtuais possam finalmente existir e se consolidarem em diferentes áreas. As pessoas, por exemplo, estão mais maduras em relação à tecnologia: diferentes faixas etárias e classes sociais utilizam as soluções digitais em suas rotinas. Além disso, o surgimento de diversas tecnologias também contribuiu para que o metaverso saísse da teoria para a prática.

O blockchain, sem dúvida, é um dos recursos mais importantes justamente por garantir a camada de segurança que faltava para outros projetos do tipo. Com ele, é possível criar plataformas robustas que permitem o tráfego de diferentes informações com risco baixo de vazamentos ou de roubos – incluindo transações financeiras.

Evidentemente, estes são apenas os passos iniciais de uma revolução que ainda vai levar algum tempo para acontecer. Afinal, apesar de toda a dependência tecnológica que vivenciamos atualmente, ainda há barreiras que impedem a consolidação do metaverso. A principal delas é o acesso desigual que diferentes parcelas da sociedade têm diante do ambiente digital – a grande maioria faz compras e paga contas no ambiente físico porque não tem as ferramentas próprias para digitalização.

Além disso, a própria infraestrutura tecnológica precisa passar por melhorias para suportar toda essa interação em tempo real, com as pessoas jogando, comprando, fazendo transações financeiras, se divertindo e até casando no ambiente on-line. Aliás, também é preciso adequar a legislação vigente para esse novo fenômeno. As leis precisam acompanhar a evolução da sociedade como um todo. Será que um casamento virtual tem o mesmo apelo legal que um realizado no Cartório e/ou Igreja? São questões que precisam ser debatidas nos próximos anos.

O fato é que o metaverso é a próxima fronteira a ser ultrapassada pela tecnologia. Depois da navegação em rede na primeira fase da Internet e da interação em mídias sociais na Web 2.0, a sociedade finalmente parece estar pronta para a nova etapa da digitalização. É justamente o momento em que migramos situações corriqueiras do dia a dia nas plataformas virtuais, como fazer compras, se relacionar com as pessoas e se divertir. Ora, atualmente assistimos a filmes no Netflix, conversamos pelo WhatsApp e compramos em diferentes lojas virtuais e marketplaces. Daí para ter um avatar próprio e concentrar isso num mesmo mundo é um pulo. Estejamos prontos ou não, já somos bem-vindos ao Metaverso.

Fonte: olhardigital

Rápido crescimento da Shopee ameaça varejistas no Brasil

O crescimento na adoção da plataforma de e-commerce Shopee como destino de compra já é considerado um sinal de alerta para os varejistas brasileiros, que iniciam 2022 tentando se recuperar das perdas no mercado.

Como contexto, nomes importantes do setor, como Americanas e Magazine Luiza, registraram um salto em perda anual impulsionado pela desvalorização acumulada de 58% dos seus papéis na bolsa.

Para os analistas, um dos fatores que ajuda a justificar o resultado ruim é a economia fraca no país e também o temor dos investidores de uma competição ainda mais acirrada no varejo nacional este ano.

Focada em produtos menos caros, a Shopee — que começou a operar em 2019 no Brasil — foi uma das empresas que despertou o interesse dos investidores em meio ao cenário de incertezas.

Segundo o grupo financeiro Goldman Sachs, o futuro para os negócios da companhia asiática é promissor. Um levantamento de janeiro de 2022 aponta que a Shopee pode responder por 20% da fatia de todo o setor de varejo até 2025. “Esperamos que ela (a Shopee) permaneça relevante em 2022 à medida que continua a desenvolver sua presença e oferta de serviços”, diz o relatório.

Suas operações no restante da América Latina também têm ganhado força. A plataforma, inclusive, foi citada como um dos três destinos de compra principais pela internet, segundo uma pesquisa dos analistas da Morgan Stanley.

Ainda de acordo com o Morgan Stanley, o avanço da Shopee na região traz novos desafios para os gigantes do segmento. O Mercado Livre, outra plataforma relevante no e-commerce, perdeu cerca de US$ 41 bilhões em valor de mercado em meio a fatores como a escalada das taxas de juros no país.

Fonte: olhardigital