Preparem-se: o metaverso já é uma realidade

No dia 4 de dezembro, os norte-americano Traci e Dave Gagnon se casaram em uma linda cerimônia, com direito à recepção dos convidados no local da cerimônia e o tradicional discurso dos padrinhos. Parece uma cerimônia de casamento tradicional e comum em grande parte do mundo, não é mesmo? Entretanto, há um detalhe que a diferencia bastante: todo esse roteiro matrimonial também aconteceu virtualmente no Metaverso. Trata-se de um conceito que certamente vai ganhar mais espaço em 2022 conforme migramos diferentes aspectos de nossas vidas ao ambiente digital e borramos o que é on e o que é off-line.

O termo ganhou evidência a partir de outubro, quando todo o Grupo Facebook resolveu mudar de nome e se chamar de “Meta”, numa tentativa de capturar o espírito do nosso tempo e promover um rebranding em sua marca. A grande maioria das pessoas certamente nunca ouviu falar dessa proposta, mas não se engane: ela está aí, crescendo a níveis exponenciais.

Pesquisa do Instituto Kantar Ibope Media, por exemplo, já mostra que 4,9 milhões de brasileiros já transitam por alguma versão do metaverso – equivalente a 6% das pessoas com acesso à internet. É uma realidade viável, uma vez que muitos de nós tivemos que migrar para o virtual a partir da pandemia de covid-19, em março de 2020.

A ideia de um metaverso, ou seja, um ambiente virtual em que vivenciamos situações comuns de nosso dia a dia, não é nova. Curiosamente, surgiu primeiro na ficção científica com a obra Snow Crash, de Neal Stephenson, em 1992, em que avatares interagiam entre si da mesma forma que fazemos no “mundo real”.

A digitalização proporcionada pelo avanço das TICs (tecnologias de comunicação e informação) fez com que essa proposta ganhasse corpo desde então. O Second Life, por exemplo, chegou a fazer relativo sucesso no início dos anos 2000, com entrada de usuários e de empresas, mas faltavam ferramentas necessárias para que esse ambiente, enfim, pudesse proporcionar a mesma experiência que temos deste lado da fronteira tecnológica.

Agora, o cenário é diferente e propício para que os mundos virtuais possam finalmente existir e se consolidarem em diferentes áreas. As pessoas, por exemplo, estão mais maduras em relação à tecnologia: diferentes faixas etárias e classes sociais utilizam as soluções digitais em suas rotinas. Além disso, o surgimento de diversas tecnologias também contribuiu para que o metaverso saísse da teoria para a prática.

O blockchain, sem dúvida, é um dos recursos mais importantes justamente por garantir a camada de segurança que faltava para outros projetos do tipo. Com ele, é possível criar plataformas robustas que permitem o tráfego de diferentes informações com risco baixo de vazamentos ou de roubos – incluindo transações financeiras.

Evidentemente, estes são apenas os passos iniciais de uma revolução que ainda vai levar algum tempo para acontecer. Afinal, apesar de toda a dependência tecnológica que vivenciamos atualmente, ainda há barreiras que impedem a consolidação do metaverso. A principal delas é o acesso desigual que diferentes parcelas da sociedade têm diante do ambiente digital – a grande maioria faz compras e paga contas no ambiente físico porque não tem as ferramentas próprias para digitalização.

Além disso, a própria infraestrutura tecnológica precisa passar por melhorias para suportar toda essa interação em tempo real, com as pessoas jogando, comprando, fazendo transações financeiras, se divertindo e até casando no ambiente on-line. Aliás, também é preciso adequar a legislação vigente para esse novo fenômeno. As leis precisam acompanhar a evolução da sociedade como um todo. Será que um casamento virtual tem o mesmo apelo legal que um realizado no Cartório e/ou Igreja? São questões que precisam ser debatidas nos próximos anos.

O fato é que o metaverso é a próxima fronteira a ser ultrapassada pela tecnologia. Depois da navegação em rede na primeira fase da Internet e da interação em mídias sociais na Web 2.0, a sociedade finalmente parece estar pronta para a nova etapa da digitalização. É justamente o momento em que migramos situações corriqueiras do dia a dia nas plataformas virtuais, como fazer compras, se relacionar com as pessoas e se divertir. Ora, atualmente assistimos a filmes no Netflix, conversamos pelo WhatsApp e compramos em diferentes lojas virtuais e marketplaces. Daí para ter um avatar próprio e concentrar isso num mesmo mundo é um pulo. Estejamos prontos ou não, já somos bem-vindos ao Metaverso.

Fonte: olhardigital

Rápido crescimento da Shopee ameaça varejistas no Brasil

O crescimento na adoção da plataforma de e-commerce Shopee como destino de compra já é considerado um sinal de alerta para os varejistas brasileiros, que iniciam 2022 tentando se recuperar das perdas no mercado.

Como contexto, nomes importantes do setor, como Americanas e Magazine Luiza, registraram um salto em perda anual impulsionado pela desvalorização acumulada de 58% dos seus papéis na bolsa.

Para os analistas, um dos fatores que ajuda a justificar o resultado ruim é a economia fraca no país e também o temor dos investidores de uma competição ainda mais acirrada no varejo nacional este ano.

Focada em produtos menos caros, a Shopee — que começou a operar em 2019 no Brasil — foi uma das empresas que despertou o interesse dos investidores em meio ao cenário de incertezas.

Segundo o grupo financeiro Goldman Sachs, o futuro para os negócios da companhia asiática é promissor. Um levantamento de janeiro de 2022 aponta que a Shopee pode responder por 20% da fatia de todo o setor de varejo até 2025. “Esperamos que ela (a Shopee) permaneça relevante em 2022 à medida que continua a desenvolver sua presença e oferta de serviços”, diz o relatório.

Suas operações no restante da América Latina também têm ganhado força. A plataforma, inclusive, foi citada como um dos três destinos de compra principais pela internet, segundo uma pesquisa dos analistas da Morgan Stanley.

Ainda de acordo com o Morgan Stanley, o avanço da Shopee na região traz novos desafios para os gigantes do segmento. O Mercado Livre, outra plataforma relevante no e-commerce, perdeu cerca de US$ 41 bilhões em valor de mercado em meio a fatores como a escalada das taxas de juros no país.

Fonte: olhardigital

Administração e Cidac reúnem profissionais de TI para apresentação do SUAP

O Sistema Unificado de Administração Pública é um software público e gratuito, desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

A Secretaria de Administração e Recursos Humanos e a Subsecretaria do Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac) reuniram gestores e profissionais de Tecnologia da Informação (TI) de 13 órgãos da Prefeitura de Campos nesta sexta-feira (12) para apresentar o Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP), um software público e gratuito, desenvolvido por analistas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). A apresentação do sistema aconteceu no auditório Edgar Coelho dos Santos, na sede da prefeitura. O analista de Tecnologia da Informação, Eriton de Barros, que faz parte da equipe que desenvolveu o sistema e também será um dos instrutores do treinamento, participou da apresentação de forma on-line.

Segundo o secretário de Administração, Wainer Teixeira, a adesão ao sistema será um grande ganho para o município. O ciclo de treinamentos e monitorias começa no próximo dia 22 e a previsão é de que dure seis meses. “Com esse novo sistema, vamos otimizar tempo e tornar a tramitação do fluxo destes processos mais célere, além de gerar economia e preservar o meio ambiente porque estaremos economizando papel também. A Campos que todas nós queremos é uma cidade moderna, tecnológica, propositiva, ágil, eficiente, participativa, conectando pessoas e ideias para gerar crescimento, empregos e inclusão social”, afirma o secretário Wainer Teixeira, ressaltando que o processo é gradativo e será implantação à medida que o curso de capacitação avançar.

Também participaram da apresentação do sistema os subsecretários de Administração, Frederico Paes; do Cidac, José Vicente Alves Neto; o chefe de gabinete do vice-prefeito, Frederico Paes, Marcelo Freire, e o analista de sistemas Alexandre Lessa, chefe de Infraestrutura e Segurança do Cidac, além da subsecretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Suzana Macedo. “O sistema vai gerar economicidade. É um sistema fácil de operar e que já sabemos que funciona”, disse o subsecretário de Administração. A utilização do sistema faz parte das propostas de governo do prefeito Wladimir Garotinho de modernizar e digitalizar a administração pública. Desde o início do ano, um grupo de estudo foi formado para viabilizar um sistema que melhor atendesse ao município de Campos nesse processo de digitalização criando o Programa Campos Digital.

Atualmente, assim como acontece em grande parte do Brasil, o atendimento aos servidores públicos e aos munícipes é feito através de requerimentos e processos físicos. Com o novo sistema, que é desenvolvido em módulos, a adequação das secretarias ocorrerá de forma gradativa. “É um tema de grande relevância. Quem é da área de TI sabe da importância e necessidade de informatizar, assim como os cidadãos que precisam de serviços que não os faça esperar tanto”, disse Alexandre Lessa, que também falou sobre o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e sobre o Plano Estratégico de TI.

O subsecretário do Cidac falou sobre a estrutura do órgão e do suporte que oferece a todos os órgãos da prefeitura. “O SUAP vem com um “framework” e uma linguagem de programação a custo zero para o município. É um sistema modular e esse treinamento que vocês vão receber com seis meses de duração. Nós vamos fazer o treinamento dentro do próprio sistema, ou seja, do próprio ambiente”, disse José Vicente, que entregou o cronograma de treinamento e adiantou que os servidores terão acesso ao sistema, através da matrícula e senha e os colaboradores, através do CPF e senha.

Analista do IFRN – O analista de Tecnologia da Informação, Eriton de Barros, que faz parte da equipe que desenvolveu o sistema no Rio Grande do Norte e também será um dos instrutores do treinamento, participou da apresentação de forma on-line. “É um orgulho muito grande para a gente estar conseguindo fazer mais um treinamento em uma instituição. É um software desenvolvido 100% pela equipe do IFRN, da qual eu faço parte. Inicialmente, foi concebido para atender poucos setores da instituição. Tínhamos um foco relativamente pequeno no início e, em pouquíssimo tempo, se percebeu que o sistema também deveria atender as principais áreas de gestão. Há cerca de nove anos, estamos em todas as áreas de gestão do IFRN”.

Ele mostrou a tela principal do sistema, sendo apresentadas áreas como Administração, Gestão de Pessoas, Ensino, Central de Serviços, Extensão, Atividades Estudantis e citou, ainda, os principais módulos: almoxarifado, patrimônio, Gestão de Frota, Gestão de Pessoas, Planejamento Estratégico, entre outros, como Saúde. “Somos uma instituição de ensino. Então, é natural que o nosso sistema tenha uma grande cobertura na área de ensino. A gente espera fazer um excelente treinamento com vocês”, disse Eriton, acrescentando que o sistema está presente em 49 instituições, entre institutos de ensino, prefeituras, governos estaduais, incluindo Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.