Prefeitura de Campos, através do CIDAC, participa de treinamento em Tecnologia e Inovação para Cidades Sustentáveis

Buscando trazer mais conhecimento e inovação para a Prefeitura de Campos, a Secretaria de Administração e Recursos Humanos, através do CIDAC, está participando do Treinamento Cidades Sustentáveis, organizado pela MundoGEO. O evento está acontecendo desde essa terça-feira (17) e irá durar até amanhã (19), em São Paulo.

A edição deste ano do MundoGEO está oferecendo uma feira de tecnologia e seminários, tendo como foco proporcionar as melhores soluções de coleta da realidade (através de satélites, aviões, drones e estações terrestres fixas e móveis), processamento de imagens usando inteligência artificial e visualização e análise das informações usando os recursos 3D como Realidade Virtual (RV), Realidade Aumentada (RA) e gêmeos digitais.

Além das novas tecnologias apresentadas na feira de exposições, o evento também proporciona diversos cursos, como por exemplo Cidades Inteligentes, Cidades Sustentáveis, Tecnologia na área de Mobilidade Urbana e Tecnologia de Internet no Campo.

Cidac apoia outras Secretarias em conectividade para eventos externos

Com o objetivo de apoiar os eventos externos das Secretarias e Órgãos Públicos da Administração direta e indireta, o Cidac possui um serviço de instalação temporária de link externo com a capacidade de atender a conexões cabeadas e por tecnologia wi-fi.

Este serviço proporciona infraestrutura para eventos como a Semana do MEI, que está acontecendo no calçadão, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Na Semana do MEI, estão disponíveis atendimentos ao MEI, equipe de alvará, equipe de qualificação e emprego; além de artesãs da economia solidária expondo seus produtos.

Para oferecer ainda mais suporte aos microempreendedores individuais, estão presentes nessa ação o SEBRAE e o FUNDECAM. A Semana do MEI acontecerá de hoje (17) até quinta-feira (19), das 9h às 17h.

IBGE captará pela primeira vez as coordenadas de todos os domicílios

A captação das coordenadas, iniciada pelo IBGE no Censo Agropecuário 2007 para os endereços rurais, será estendida a todos os domicílios urbanos brasileiros no Censo Demográfico 2022. A expectativa é capturar coordenadas para mais de 75 milhões de endereços. Num primeiro momento, a captação das coordenadas servirá para o monitoramento em tempo real do trabalho dos recenseadores e a gestão da coleta. Mas beneficiará uma série de pesquisas do IBGE e trará retornos para toda a sociedade. As coordenadas serão associadas apenas ao endereço, preservando o sigilo estatístico.

Para garantir a qualidade dos dados coletados, o IBGE organizou, no dia 27 de abril, o seminário online A importância das Coordenadas Geográficas Coletadas no Censo, em que os técnicos orientaram as equipes de coleta sobre as formas corretas de captação das coordenadas, e tiraram dúvidas. Mediado pela assessora da Diretoria de Geociências, Miriam da Silva Barbuda, o seminário foi apresentado por Alex Santos, da coordenação de Geodésia e Cartografia, e Eduardo Baptista, da Coordenação Operacional dos Censos (COC), e reuniu mais de 700 pessoas.

“O IBGE foi pioneiro na captação de coordenadas de endereços já no Censo Agro 2007 – o primeiro a usar equipamentos de coleta – e no Censo Demográfico 2010. Nestas duas operações, foram capturadas coordenadas apenas para as áreas rurais, assim como no Censo Agro 2017. No Censo Demográfico 2022, será a primeira vez que o IBGE vai captar também as coordenadas dos domicílios urbanos. Para a produção de estatísticas, o benefício de ter a informação georrefenciada no nível mais detalhado é poder fazer agregações de dados nos mais diversos recortes geográficos”, explicou o diretor de Geociências do IBGE, Cláudio Stenner.

Stenner acrescentou que será viável, por exemplo, separar melhor as informações de uma bacia hidrográfica ou de áreas de risco de deslizamento e inundações, como no projeto que está sendo conduzido com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Ele destacou, ainda, que a iniciativa atende a uma recomendação da Divisão de Estatística das Nações Unidas, que tem documentos preconizando a forma como deve ser feita a integração das informações geográficas e estatísticas. Uma das recomendações é o georreferenciamento no nível mais detalhado possível, incluindo a coordenada dos endereços, justamente para permitir os diversos usos estatísticos.

As coordenadas também são importantes para melhorar a qualidade da coleta, com uma visão mais ampla da cobertura da operação censitária no território. Assim é possível, se necessário, tomar ações para garantir a cobertura total. A captura das coordenadas será em tempo real. Vale destacar também os cuidados com o sigilo.

“Em hipótese nenhuma, o IBGE divulga os dados individualizados de cada domicílio associado ao ponto de coordenada. A coordenada serve para gerar outras estatísticas agregadas, mas nunca para divulgar qualquer informação associada a cada uma delas – nome dos moradores, renda, quantas pessoas moram no domicílio, etc. O ganho para a sociedade é ter um melhor conhecimento do território. Vamos definir, de acordo com critérios que respeitam o sigilo estatístico, outros recortes territoriais urbanos e rurais para divulgar dados que permitem identificar, por exemplo, a população em idade escolar que está distante das escolas, mas sem individualizar o informante”, reforçou o diretor de Geociências.

Captação das coordenadas dos trajetos dos recenseadores

Além dos domicílios, serão captadas as coordenadas dos trajetos percorridos pelos recenseadores, o que também servirá para monitorar a operação censitária. Se eventualmente ele não percorreu uma parte de sua área de trabalho (o setor censitário), as equipes de supervisão têm condições de saber, em tempo real, avaliar e tomar medidas para que a área seja recenseada.

“Depois da coleta, poderemos produzir uma espécie de mapeamento dos caminhos do território, especialmente nas áreas rurais, o que ajuda no mapeamento do país. O grande ganho da captação das coordenadas é ter, pela primeira vez, a localização mais exata de todos os domicílios do país, o que vai permitir criar dados estatísticos com recortes geográficos com mais liberdade, para aplicações de políticas públicas de governos e decisão de investimentos. No Brasil, só o IBGE terá esse dado”, sinalizou Stenner.

A geolocalização é importante para a segurança do recenseador em áreas rurais

O coordenador do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), Wolney Cogoy de Menezes, observa que a captação das coordenadas tem utilidade tanto para o recenseador que está na rua quanto para as equipes que fazem o acompanhamento do trabalho de campo. Para o recenseador, a vantagem é poder ver, a qualquer momento, sua localização precisa. É claro que isso é menos crítico nas áreas urbanas; mas, na área rural, saber onde está é algo muito importante para o trabalho e para sua própria segurança, já que percorre áreas muito remotas. Menezes explicou que a maneira de percorrer um setor censitário não pode ser feita de forma aleatória, pois, seguramente, o recenseador pode deixar de entrevistar alguém. Por isso, é importante a captação dos trajetos também.

“O tracking é fundamentalmente uma informação de acompanhamento para os gestores saberem que o recenseador está fazendo o trabalho de forma ordenada. Eles são orientados a visitar um setor seguindo uma série de regras, como as formas de se percorrer uma quadra. Além disso, outros profissionais, os supervisores, também vão a campo para fazer seu trabalho. Na área rural, o tracking acaba sendo um excelente indicador de rotas de onde é possível andar”, diz Menezes.

Sobre a captura das coordenadas, ela é feita no momento em que o recenseador visita os domicílios para a realização da entrevista. No instante em que o recenseador confirma um endereço, obtém uma coordenada. Se no endereço houver um domicílio, será feita a entrevista, que deve ser realizada na entrada do domicílio ou, se convidado pelo morador, dentro do domicílio. “As coordenadas são os dados mais solicitados por nossos usuários”, esclareceu o coordenador do CNEFE.


A expectativa é capturar coordenadas para mais de 75 milhões de endereços – Imagem: Acervo IBGE

Aplicativo adverte recenseador que capta coordenada de domicílio fora do setor

A captação da coordenada é feita em três momentos: na confirmação do endereço; na chegada ao domicílio na primeira visita e no retorno, sempre que ele não encontra o morador na primeira vez; e no momento da entrevista. O recenseador pode voltar ao endereço até três vezes; e, a cada uma delas, é captada a coordenada e comparada com a coordenada inicial de confirmação do endereço, para certificar de que ele teve todo um esforço na tentativa de obter a entrevista.

“Na área rural, normalmente é mais difícil identificar os limites entre os setores censitários, há o risco de o recenseador realizar entrevistas em domicílios que estão fora de sua área de trabalho, o que chamamos de invasão. A captação da coordenada também serve para isso. Toda vez que o recenseador faz uma entrevista de um domicílio fora do limite de seu setor, recebe uma advertência do aplicativo, e o supervisor é avisado, resolvendo o problema a tempo”, explica Menezes.

Dentro do DMC, há um chip capaz de captar o sinal do GPS (Global Positioning Satellite – sistema que utiliza satélites para localizar onde o receptor do sinal está naquele momento), calcular e devolver a informação da coordenada, que é incorporada dentro do aplicativo e passa por vários processos, como a comparação com as coordenadas dos limites do setor. Após registrada no DMC, a coordenada é enviada para o sistema central no Rio de Janeiro junto com o questionário no momento da transmissão.

“Então há um longo caminho até chegar ao Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), repositório de endereços de abrangência nacional mantido pelo IBGE. A coordenada vai para um banco de dados que recebe as informações em produção; em seguida, vai para o banco de dados do Censo, onde será criado o novo CNEFE. Como vamos atualizar todos os endereços do Brasil, o atual CNEFE será substituído com base no que o recenseador vai coletar. Vale destacar que a coordenada é associada ao endereço, e todo o tratamento e uso dela serão sempre anonimizados em relação ao morador. O CNEFE não tem outro dado do morador e o banco do questionário tem apenas o setor”, esclareceu o coordenador do CNEFE.

As coordenadas vão ser úteis também para outras pesquisas, como a PNAD Contínua, e para a atualização dos setores censitários. As prefeituras menores poderão aproveitar os cadastros do IBGE para melhorar suas informações.

“O IBGE vai divulgar os cadastros de endereços e algumas características como a sua espécie (se é prédio, residência, comércio), que são informações públicas disponíveis em outras bases de dados, como o Google Street View. O que torna a nossa informação valiosa é que ela será abrangente, padronizada e pública. Até hoje, todos os dados do Censo tiveram como base o setor censitário. A partir da captação das coordenadas, respeitado o sigilo estatístico, estaremos livres para estabelecer áreas para entender e divulgar. Por exemplo, uma área como a Avenida Atlântica (RJ) contempla vários setores; com as coordenadas, poderemos ter um retrato da região”, resumiu Menezes.

Escolas e postos de saúde próximos aos locais onde existe população, poderão ter suas coordenadas captadas

“Esse tipo de granularidade do georreferenciamento é o sonho dos registros administrativos. Nenhuma outra instituição tem os dados georreferenciados que serão coletados. Independentemente da tecnologia, o instituto já faz uma revolução percorrendo todo o território. Em 2017, quando o IBGE realizou o Censo Agro, 21 mil recenseadores percorreram, pela primeira vez, com a captura de coordenadas por sistema GNSS (popularmente conhecido como GPS) o tempo todo habilitada no dispositivo móvel de coleta. Isso permitiu que fizéssemos um mapa do trajeto de todos os recenseadores. Esse não era o objetivo inicial, e sim, um processamento posterior que gerou um mapa nacional de estradas vicinais que não existia”, ressaltou o coordenador de Geodésia e Cartografia do IBGE, Marcelo Maranhão.

Maranhão acrescentou que além de todos os domicílios, outras instalações de interesse poderão ter suas coordenadas coletadas. O grande ganho é que esses dados poderão ser visualizados e espacializados em mapas. O IBGE é responsável pela cartografia do país e esses dados vão aprimorar as bases cartográficas de referência e também os mapas ambientais.

“Essa é a oportunidade de, em uma pesquisa desse tamanho, ter acesso a toda informação; e a coordenada é um dado muito rico e vai aprimorar muito a informação que o IBGE presta para a sociedade: os mapas municipais para fins estatísticos, as bases cartográficas de referência e o mapeamento ambiental”, concluiu o coordenador de Geodésia e Cartografia.

Fonte: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/33642-ibge-captara-pela-primeira-vez-as-coordenadas-de-todos-os-domicilios

Prefeitura lança portais das áreas social e de inovação

Nos sites, desenvolvidos pelo Centro de Informações e Dados de Campos (CIDAC), a população contará com serviços e programas que são utilizados no cotidiano de quem precisa de atendimentos sociais e da área da inovação

As áreas social e de inovação ganharam mais um canal de comunicação para a população. As Secretarias Municipais de Desenvolvimento Humano e Social e a de Petróleo, Energia e Inovação lançaram nesta terça-feira (26), no auditório da Prefeitura, os dois portais. Nos sites, desenvolvidos pelo Centro de Informações e Dados de Campos (CIDAC), a população contará com serviços e programas que são utilizados no cotidiano de quem precisa de atendimentos sociais e da área da inovação.

Segundo o secretário de Administração e Recursos Humanos, Wainer Teixeira, a ferramenta mais adequada para a construção é a comunicação e o diálogo.

“Nos tempos modernos, a gente investe pouco tempo no relacionamento com a comunicação. O Cidac é uma ferramenta para aproximar o poder público da sociedade. Estamos ampliando os canais institucionais e as redes sociais para consolidarmos a informação. A comunicação gera exigências e, automaticamente, gera o juízo. Precisamos ser porta-vozes de uma comunicação que relate os fatos”, explica o secretário.

O site disponibiliza informações sobre os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), programas, serviços, subsecretarias. O domínio do site é (www.social.campos.rj.gov.br).

“O governo está fazendo muito e o Portal vai aproximar a população que mais precisa. Optamos por um site rápido e, com poucos cliques, os internautas terão acessos a serviços relevantes. Estaremos prestando contas, dando visibilidade e transparência aos atos que beneficiam a população. Quero agradecer aos envolvidos”, explica Rodrigo Carvalho.

De acordo com secretário de Petróleo, Energia e Inovação, Marcelo Neves, o governo quer construir uma nova realidade para a ciência, tecnologia e inovação, a partir das parcerias, e destacou a integração do setor produtivo, universidades e iniciativa privada para a nova dinâmica da inovação tecnológica.

“O portal será uma referência. Nesse primeiro passo que estamos dando, podemos ver o novo cenário que está sendo construído. Agradecer ao professor Wainer por estar simplificando e atualizando os trâmites com a inovação”, disse Marcelo. O site é (inova.campos.rj.gov.br).

O canal oferece informações sobre as universidades, setor público produtivo, informações de utilidade pública no âmbito dos governos, de extrema importância para quem deseja empreender e inovar.

O coordenador Regional do Sebrae-RJ, com sede em Campos, Guilherme Reche, agradeceu a oportunidade de trabalhar de forma integrada. “Tenho a oportunidade de liderar aqui no Norte Fluminense uma instituição que vai completar 50 anos. Uma das grandes barreiras que a gente ainda tem é comunicar melhor o que a gente faz. Temos disponíveis meios para tornar o desenvolvimento econômico, local e empresarial mais promissor e sustentável com viés de crescimento. Todas as instituições têm a oportunidade de fazer um canal produtivo para comunicar à sociedade tantas oportunidades que eles têm à disposição para tornar uma ideia de negócio estruturada que venha dar certo”, conclui.

Participaram do evento, o subsecretária de Ciência e Tecnologia, Suzana da Hora; o subsecretário do Cidac, João Vicente Neto; o chefe do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Doutor Roni Barbosa Moreira; o representante da Firjan, Rogério Fernandes e o representando a Agência de Inovação da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), os professores Raquel de Mattos e Geraldo Márcio Timóteo.

 

“Venci em um universo masculino”

Única brasileira a competir na olimpíada global de informática, Carolina Moura, 17, conta como chegou ao MIT.
Desde muito pequena, me inscrevo em concursos de redação e matemática. Sempre gostei de me jogar em situações de desafio, quando você sente que está queimando os neurônios e vai ao limite. Mas a inspiração para entrar de cabeça no mundo das competições veio mesmo da observação da trajetória do meu irmão mais velho, que participou da Olimpíada Brasileira de Informática e foi premiado com uma viagem. Eu tinha 10 anos na época e achei aquele reconhecimento o máximo.

Queria esse caminho para mim. E comecei a estudar para valer a ter contato com a beleza da matemática real, diferente da decoreba que aprendemos no colégio. A coisa foi ficando séria e, às vésperas do ensino médio, decidi que mudaria de escola para poder me preparar melhor. Morava em Itu com minha família e tive que convencer meus pais a me deixarem ir para São Paulo, onde teria aceso a uma educação voltada para desenvolver habilidades essenciais. Eles resistiram. Pedi até para o diretor ligar para a minha mãe, explicando como eu me beneficiaria da mudança. E deu certo.

Em 2015, participei das Olimpíadas de Informática pela primeira vez, mas não obtive boa colocação. Decidi então virar o jogo e não parei de estudar. Nos anos seguintes, levei três pratas e quatro ouros. Foi aí que, em 2019, veio o que tanto esperava: fui chamada para a rodada classificatória da grande competição global. Depois de uma maratona de avaliações e altas doses de ansiedade, passei. E assim me tornei a primeira e única menina brasileira a participar de uma Olimpíada Internacional de Informática, que existe há mais de duas décadas e é, até hoje, um mundo dominado por meninos. Ganhei medalhas de bronze em 2020 e 2021. Com a pandemia, os torneios, que seriam em Singapura e no Egito, foram realizados a distância. Nunca me desmotivei, ao contrário. Esse ano o campeonato será na Tailândia e me sinto preparada para subir no pódio com uma prata, quem sabe um ouro.

As ciências exatas continuam sendo um território majoritariamente masculino. Os meninos têm desde cedo a criatividade muito mais estimulada para essas áreas, inclusive nos jogos e brincadeiras. Acredito que minha presença nesses ambientes cheios de homens seja por si só um demarcação de terreno e possa abrir espaço para outras de nós. Às vezes, me pergunto se sou menos ouvida, se sou alvo de alguma espécie de preconceito. Na verdade, isso revela, sim, em atitudes sutis, quase invisíveis, que fazem sentir que estão duvidando da minha capacidade. No início, sofria com a falta de mais jovens mulheres no campo da matemática e da tecnologia nas quais me inspirar. Tenho um projeto com uma amiga de oferecermos cursos para meninas, justamente para incentivar uma nova geração que acredite ser possível chegar aonde quiser, com direito a muitos pódios e medalhas.

Meus professores me deram força para tentar entrar em uma universidade americana e me engajei em longos processos de admissão: provas de inglês, cartas de recomendação, mais de trinta redações. Queria muito ser aprovada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, e consegui.

Quando recebi a notícia, emocionada, pensei: valeu muito a pena. Ganhei uma boa bolsa e me mudo para lá em quatro meses. Nas faculdades dos Estados Unidos, só se escolhe a área específica de estudos depois de um ano. Tenho 99% de certeza de que vou continuar nas ciências da computação. Quero a carreira acadêmica para tentar contribuir com a expansão do conhecimento. Quem sabe um dia faço uma descoberta realmente importante, que valha um Nobel, como já ocorreu com uma centena de alunos do MIT. Sei que é difícil, duríssimo, mas tudo pode acontecer quando você agarra um sonho e não larga dele.

Carolina Moura em depoimento dado a Duda Monteiro de Barros

Publicado em VEJA de 27 de abril de 2022, edição nº 2786

Fonte: https://veja.abril.com.br/educacao/venci-em-um-universo-masculino/

5G e as Oportunidades Governamentais e Empresariais

Como as principais operadoras de telecomunicações estão desenvolvendo estratégias de ecossistema, nuvem e Inteligência Artificial para liderar na tecnologia 5G.

Ao contrário das gerações anteriores de tecnologia de rede que pavimentaram o caminho para inovações como smartphones e banda larga sem fio, as tremendas melhorias do 5G em termos de menor latência, velocidades de transmissão mais rápidas e capacidade de rede amplamente aumentada estão abrindo as portas para a transformação digital empresarial em grande escala. Para as operadoras, o 5G representa mais um ciclo de investimento – aquele em que a monetização exige apostas estratégicas em tecnologia, plataformas, modelos de negócios e parceiros. No entanto, com uma previsão de CAGR (Compound Annual Growth Rate, ou em português taxa de crescimento anual composta), de 11% para o mercado de serviços de valor agregado entre 2020 e 2030 em comparação com um CAGR de 0,75% para os serviços existentes atualmente, o 5G é considerado uma fonte líder de novas receitas para a indústria. As operadoras líderes estão usando seus pontos fortes e entendem que entregar soluções corporativas transformacionais envolve trabalhar em ecossistemas de capacidades complementares.

 

Mais que apenas um outro G

Os executivos entrevistados para este relatório argumentam que as oportunidades de mercado mais atraentes para 5G estão nos programas de digitalização empresarial e no setor público. Isso envolve o aproveitamento dos poderosos recursos do 5G em relação ao rendimento, mobilidade, confiabilidade, latência e volume de dados para hospedar e gerenciar um rico conjunto de aplicativos e funções de tecnologia em um conjunto explosivo de usos potenciais em setores como saúde, manufatura, construção e engenharia , mineração, agricultura, varejo, eventos e espaços públicos, transporte, cidades inteligentes e gestão de recursos. No entanto, fornecer esses recursos, especialmente em escala, requer uma enorme mudança para as operadoras em termos de cultura e habilidades, modelo de negócios, arquitetura e recursos técnicos.

“5G não é apenas outro G. Definitivamente não é ‘4G +1’. É a base para a nova economia em tempo real,” Alexander Brock, vice-presidente sênior de estratégia de tecnologia, inovação e parcerias na Rogers Communications

“5G não é apenas outro G. Definitivamente não é ‘4G +1’. É a base para a nova economia em tempo real,” disse Alexander Brock, vice-presidente sênior de estratégia de tecnologia, inovação e parcerias da Rogers Communications no Canadá. “Pela primeira vez, há novos recursos em redes sem fio que são verdadeiramente transformacionais, como de taxa de bits variável, latência diferencial sob demanda, capacidade de levar transações ao limite e aumentar serviços personalizados por meio de mecanismos como divisão de rede. É mais provável que eles vejam a luz do dia no mercado corporativo do que no consumidor, pelo menos inicialmente”. Os desafios nessa migração, diz Brock, são técnicos e também operacionais – considerando redes e sistemas de TI que eram amplamente homogêneos a outros totalmente personalizáveis.

 

Indo mais fundo nas cadeias de valor do cliente

Tornar-se um parceiro de transformação digital está levando as operadoras mais fundo do que nunca aos negócios de seus clientes – o digital e o físico. A área de solução ao cliente envolve explorar os requisitos e casos de uso do consumidor e, em seguida, aprender como é o ambiente operacional real. “Curiosamente, o segundo é muitas vezes mais difícil do que o primeiro”, diz Ryan van den Bergh, chefe de arquitetura de tecnologia da Vodacom na África do Sul, especialmente em ambientes de mineração que podem ser subterrâneos e ter vários obstáculos físicos ou tecnológicos.

Embora certo nível de alinhamento da indústria esteja surgindo organicamente nas divisões de negócios corporativos das operadoras, tornar-se muito focado em verticais neste momento pode ser limitante, diz Yoon Kim, diretor de tecnologia da SK Telecom. “Existem setores estratégicos nos quais queremos nos concentrar mais,” como saúde e manufatura, “mas não queremos ser limitados por um enfoque ‘vertical por vertical’”. O risco, diz ele, é perder as aplicações 5G com potencial e apelo mais amplo da indústria.

 

Parcerias e o ecossistema 5G

Abordar o número aparentemente infinito de oportunidades empresariais, com todas as complexidades de hardware e software, significa que as operadoras não podem trabalhar sozinhas. Uma característica central da mudança para 5G são as parcerias e ecossistemas que estão evoluindo para atender às metas exclusivas e complexas dos clientes para a transformação digital.

Esta é uma mudança significativa nas funções da maioria das operadoras. No passado, as equipes de vendas corporativas vendiam assinaturas de serviços de conectividade. Agora, diz Chau da SmarTone, “Essas equipes precisam entender toda a jornada do cliente e como atender a todos os seus requisitos de rede de comunicação e TI. Isso é bem diferente do que uma empresa de telecomunicação costumava ser”. Fazer isso sozinho não é mais uma opção, e o sucesso das operadoras na era 5G depende cada vez mais da força e do alcance de seus parceiros do ecossistema com quem estão trabalhando.

“Administrar este ecossistema [5G] é provavelmente o que requer mais reflexão e gerenciamento. Um dos maiores desafios é o grande número e variedade de solicitações de clientes que chegam. É empolgante, mas também estica a capacidade de qualquer operadora de gerenciar o volume”. Justin Shields, diretor de tecnologia, plataformas e soluções da Vodafone Business

Justin Shields, diretor de tecnologia, plataformas e soluções da Vodafone Business, cuja equipe está atualmente trabalhando em centenas de oportunidades empresariais, observa que a grande variedade de componentes dos serviços empresariais 5G exige que as operadoras trabalhem em um ecossistema. “Administrar esse ecossistema é provavelmente o que exige mais reflexão e gerenciamento. Um dos maiores desafios é o grande número e variedade de solicitações de clientes que chegam. É empolgante, mas também estica a capacidade de qualquer operadora de gerenciar o volume”. A complexidade das solicitações vem do fato de que atravessam vários dispositivos (com implicações de segurança), aplicações que muitas vezes são executadas no limite, processos de negócios e, além disso, muitos exigem gerenciamento de mudanças por parte do cliente.

 

Ficando à frente da complexidade operacional

Mesmo antes da era 5G, o gerenciamento da complexidade era um fator chave para tendências como automação e terceirização. O 5G e o aumento resultante na conectividade corporativa estão acelerando rapidamente essa tendência. Nem a rede nem as operações de TI podem ser gerenciadas sem automação quase total, dizem as principais operadoras.

“A automação está em toda parte; junto a IA, é fundamental para tudo o que fazemos, dada a escala e complexidade de nossa rede e operações”, disse Andre Fuetsch, presidente da AT&T Labs e diretor de tecnologia da AT&T. “A indústria está desenvolvendo ambientes de computação muito mais distribuídos – o núcleo do pacote móvel torna-se muito mais distribuído do que nas gerações anteriores. E quando você está lidando com tantas funções diferentes que você precisa gerenciar em uma escala maior e mais distribuída, você precisa ter a automação embutida”.

A automação forneceu agilidade para a AT&T escalonar com eficácia durante a pandemia de coronavírus. Em março de 2020, a grande mudança para o trabalho remoto levou a um aumento de 25% no volume de chamadas corporativas em redes WiFi domésticas. Uma crise de gerenciamento de tráfego foi evitada porque funções e componentes de rede automatizados conseguiram aumentar a capacidade funcionamento em questão de horas.

 

Conclusão

Apenas um ano depois de ter sido introduzido pela primeira vez (e muito dele dominado por uma pandemia global), a hesitação da indústria de telecomunicações em torno dos casos de uso em potencial e da estratégia de monetização para 5G está desaparecendo. Quer os clientes corporativos realmente precisem ou não de todos os recursos avançados do 5G agora, o hype em torno disso está abrindo a porta para uma colaboração mais profunda com os clientes, um lugar estratégico na mesa com parceiros do ecossistema e um caminho para decorrer valor da inovação. As conclusões do relatório são as seguintes:

  • A estratégia de serviço empresarial ocupará a maior parte de atenção do CIO. As questões de “onde ir” e “como” permanecerão críticas para CIOs de operadoras e chefes de negócios corporativos. Essas perguntas moldarão as decisões sobre quais parcerias formar, quais capacidades técnicas construir ou adquirir e como obter o máximo valor dos serviços corporativos. As operadoras devem decidir o quanto desejam se concentrar em soluções padrão versus soluções personalizadas e quanto conhecimento vertical ou conhecimento de desenvolvimento de aplicativos desejam acumular, além de depender de parceiros.
  • A nuvem é a plataforma para 5G. As operadoras com grandes ambições para 5G têm uma estratégia de nuvem para a rede e TI. Na verdade, a facilidade de trabalhar em ambientes de nuvem das operadoras é um diferencial para empresas, desenvolvedores e outros participantes do ecossistema. No entanto, a combinação de tecnologias de nuvem está evoluindo continuamente, à medida que as operadoras buscam otimizar o equilíbrio entre nuvens públicas e privadas, aproveitando a melhor tecnologia disponível e, ao mesmo tempo, avaliando os custos e riscos. E um ambiente totalmente nativo em nuvem pode permanecer fora de alcance. Um desafio emergente será gerenciar diferentes componentes da nuvem e garantir uma experiência perfeita entre elas, para evitar a formação de silos novamente.
  • Alcance a simplicidade, prepare-se para a complexidade. Embora alguns desafios na jornada 5G sejam conhecidos, outros ainda estão para surgir. O impacto total nas operações ainda não é conhecido – o verdadeiro desafio de entregar SLAs de “cinco noves” ou a complexidade que surgirá por ter centenas de APIs. As principais operadoras veem a automação e a IA como centrais para o gerenciamento de operações de maneira eficiente, econômica e em escala. As operadoras devem refletir sobre os tipos de desafios que enfrentarão quando os serviços corporativos 5G realmente escalonarem e prepararem seu ambiente para esse futuro.

 

Esse conteúdo, patrocinado pela Ericsson, foi publicado anteriormente em inglês no site da MIT Technology Review.

 

Conhecendo o SUAP: O Sistema de Gestão que será Adotado pela Prefeitura de Campos dos Goytacazes

Por: Estela Paulino

Desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), o Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP) é um ambiente que visa a gestão integrada de processos administrativos e acadêmicos.

O projeto começou em 2006 com o objetivo de atender demandas específicas do IFRN, que na época era o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (CEFET-RN). Atualmente, o SUAP contempla mais de 40 módulos em constante evolução e é utilizado em diversas instituições federais, estaduais e municipais.

Para ter acesso ao sistema não é necessário pagar licença, pois o SUAP é gratuito. A instituição interessada assina um acordo de cooperação com o IFRN e passa a colaborar com o projeto e receber atualizações, com melhorias e acréscimos de funcionalidades, além de correções de erros.

Por ser um sistema que vai impactar em diversos setores da administração, a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes optou por inicialmente fazer a implantação dos módulos de Documentos Eletrônicos, Ensino e Gestão de Pessoas e Processos Eletrônicos. A seguir, segue uma breve descrição dos módulos que serão utilizados.

Documento Eletrônico

Módulo responsável pela criação dos documentos internos e externos que serão tramitados de forma eletrônica, como memorandos, circulares, portarias e ofícios. É possível cadastrar, editar, clonar e vincular documentos, definir permissão de acesso e assinar documentos digitalmente.

 

Figura 1 – Criação de documento eletrônico
Fonte: IFRN, 2022b – Adaptado

 

Ensino

Responsável pelo gerenciamento dos dados acadêmicos, o módulo tem funcionalidades para realizar a matrícula dos alunos, gerenciar cursos, configurar turmas e diários, registrar aulas, fazer lançamento de frequência e notas. Na Área do Aluno, o discente pode acessar suas informações pessoais e acadêmicas, receber notificações sobre pendências e emitir declarações e comprovantes, que serão previamente configurados pela unidade escolar.

Figura 2 – Registrar aula
Fonte: IFRN, 2022b – Adaptado

 

Gestão de Pessoas

Módulo responsável pela gestão dos recursos humanos da instituição. Além de cadastros básicos, permite o acompanhamento funcional do servidor, com o histórico das funções desempenhadas, frequência, férias, licenças e banco de horas.

 

Figura 3 – Adicionar comprovação de frequência
Fonte: IFRN, 2022b – Adaptado

 

Processo Eletrônico

Permite a criação e a tramitação eletrônica de processos entre os setores da instituição. Além de anexar informações por meio de upload, é possível vincular ao processo qualquer registro gerado pelo módulo de documento eletrônico, como memorandos, ofícios, pareceres e circulares. A partir do número do processo, é possível acompanhar seu andamento, responder questionamentos e fazer despachos, como em um processo físico.

 

Figura 4 – Acompanhamento de processo eletrônico
Fonte: IFRN, 2022b – Adaptado

 

Referências

COSTA, Monalisa Mirelle do Nascimento. Análise da usabilidade do Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP) do IFRN. Pau dos Ferros: Instituto Federal do Rio Grande do Norte | Campus Pau dos Ferros, 2016. Disponível em: <https://memoria.ifrn.edu.br/bitstream/handle/1044/919/analise_usabilidade_suap.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2022.

LIMA, Roberto Ramos de. Projetos de práticas profissionais: analisando a usabilidade dos módulos integrados ao SUAP no Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Braga: Universidade do Minho, 2019. Disponível em: <https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/63507/1/ROBERTO%20RAMOS%20DE%20LIMA.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2022.

IFRN. SUAP: Sistema Unificado de Administração Pública. Disponível em: <https://portal.ifrn.edu.br/tec-da-informacao/lateral/servicos/sobre-o-suap>. Acesso em: 16 mar. 2022a.

IFRN. Documentação do Sistema Unificado de Administração Pública. Disponível em <https://suap.ifrn.edu.br/comum/documentacao/>. Acesso em: 17 mar. 2022b.

IFRR. Sistema Unificado de Administração Pública: um software desenvolvido por uma instituição pública para instituições públicas. Disponível em <https://portal.suap.ifrr.edu.br/>. Acesso em: 16 mar. 2022.

PMCG. Administração e CIDAC reúnem profissionais de TI para apresentação do SUAP. Disponível em: <>. Acesso em: 17 mar. 2022.

Checklist de manutenção preventiva de computadores

A manutenção preventiva de computadores é essencial para garantir o bom funcionamento dos mesmos. É preciso estar sempre acompanhando o que precisa ser trocado ou atualizado e não deixar para consertar os computadores apenas quando danificam.

Nesse ponto as empresas se perguntam por onde começar, o que podem fazer para melhorar o funcionamento de seus PCs e até mesmo evitar perda de equipamentos por descuido com pequenos detalhes ou o gasto excessivo na hora de enviar para a assistência técnica.

Aí entra a importância do checklist de manutenção preventiva de computadores. Cada detalhe que deve ser verificado e então corrigido. E onde entra a economia? Simples, a empresa aposta em uma manutenção de prevenção, ou seja, não espera o computador perder totalmente seu funcionamento para então enviá-lo ao conserto ou chamar um técnico.

Algumas coisas inclusive podem ser feitas na própria empresa pela pessoa que utiliza o computador, sem a necessidade de se chamar um técnico. Já outras exigem que o computador visite a assistência, mas como uma manutenção preventiva e não um conserto.

O que levar em conta no checklist de manutenção preventiva de computadores?

Existem algumas situações que podem ser consideradas as principais culpadas pela lentidão ou até mesmo a perda de funcionamento dos computadores. Ao prevenir esses problemas é possível aumentar a vida útil do computador e garantir uma boa economia.

Dentre o que se deve levar em conta no checklist de manutenção preventiva de computadores, estão:

1. Remoção do excesso de poeira

Assim como qualquer outro objeto, os computadores também acumulam poeira, inclusive em seu interior, um local difícil de limpar com uma simples passada de pano.

Para realizar a remoção do excesso de poeira é preciso uma limpeza realizada por um técnico, que irá abrir o gabinete ou o notebook e então limpar a poeira presente entre suas peças.

Inclusive, a poeira pode ser a causa do mal funcionamento de computadores que não apresentam nenhum outro problema e são novos.

2. Limpeza de coolers e verificação de sua eficiência de rotação

Os coolers são responsáveis por manter o computador em funcionamento sem que suas peças assumam temperaturas muito elevadas. É a peça que garante que o computador não superaqueça e queime ou então se desligue.

Assim como o restante da máquina, essa peça também acumula poeira e precisa ser limpa. Além disso, com o tempo, acaba perdendo sua capacidade de rotação e resfriando menos o gabinete ou notebook. Em alguns casos é preciso até mesmo lubrificá-los com grafite em pó.

Sendo assim, a manutenção preventiva de computadores é uma forma de aumentar o tempo de vida da CPU e evitar a queima de placas e peças devido ao mal funcionamento do cooler.

3. Troca de pasta térmica do processador

A pasta térmica trabalha em conjunto com o cooler para garantir um resfriamento eficiente do processador. O que significa dizer que de nada adianta deixar o cooler em perfeito funcionamento e não realizar a troca da pasta térmica do processador.

O recomendado é que a manutenção preventiva de computadores seja feita a cada seis meses para a troca da pasta térmica, pois ela vai se desgastando conforme o uso.

Se for feita alguma manutenção do cooler, a pasta térmica deve ser trocada também, pois perde sua aderência. Tanto que o ideal é que o cooler e pasta térmica sejam trabalhados em conjunto na manutenção preventiva de computadores.

4. Verificar a disposição dos cabos dentro do gabinete

A forma como os cabos estão dispostos dentro do gabinete também interfere no bom funcionamento da máquina.

A manutenção preventiva de computadores nesse caso tem por objetivo verificar se estão bem-dispostos para garantir uma melhor circulação de ar por todo o computador. Assim o resfriamento do mesmo é mais eficiente e se evita a queima de peças.

5. Desfragmentação de disco

Conforme o computador é usado, seus arquivos são dispostos no disco rígido de forma “espalhada” e não organizada. Como resultado disso, o computador pode apresentar lentidão após algum tempo de uso.

Para evitar o problema, basta fazer uma desfragmentação de disco, que irá juntar todas as partes do disco rígido já utilizadas e assim organizar tudo que está salvo por ali, em uma ordem que facilita e acelera o funcionamento do computador.

6. Verificação e remoção de vírus

Computadores estão frequentemente recebendo arquivos de pen drives ou então baixados através do e-mail. Como resultado disso, é possível o aparecimento de vírus que infectam a máquina e prejudicam seu desempenho.

Uma forma de fazer a manutenção preventiva de computadores nesse caso é manter instalado um programa de antivírus, como o Norton, McAfee e outros sempre atualizado e em funcionamento para conseguir verificar e remover os vírus recebidos.

7. Verificação e remoção de spywares

Outro problema que costuma afetar as máquinas (além dos vírus de computador), são os spywares. Aliás, podemos dizer que estes são até mais comuns e conseguem contaminar os computadores mais facilmente.

Basta um acesso a uma página e adwares podem infectar a máquina com spywares.

Além do antivírus é preciso manter instalado um programa anti-spyware, como o Spybot, que irá buscar e remover os spywares que se instalarem no computador.

8. Atualização de drivers de dispositivos

Um computador deve sempre ser mantido atualizado, desde seus softwares a até mesmo seus drivers de dispositivos. Uma atualização no software pode necessitar de atualização de drivers para que os dispositivos funcionem melhor ou até mesmo consigam executar suas funções.

Os drivers de dispositivos estão disponíveis no site do fabricante do computador e podem ser baixados gratuitamente. O ideal é verificar ao menos de três em três meses se não há novas atualizações disponíveis e assim prevenir problemas com as máquinas.

9. Limpeza de arquivos temporários

A limpeza de arquivos temporários libera espaço no HD e pode ser feita manualmente.

Os arquivos temporários são criados com o objetivo de acelerar a abertura de aplicativos e o carregamento do sistema, mas com o tempo podem ocupar tanto espaço que acabam deixando o PC muito lento.

Para realizar a limpeza de arquivos temporários em uma manutenção preventiva de computadores, basta acessar as configurações de sistema e procurar onde se encontram os arquivos temporários. No Windows 10 isso é feito ao clicar em configurações, sistema, armazenamento e então excluir os arquivos temporários.

Fonte: https://www.positivoservers.com.br/blog/manutencao/manutencao-preventiva-de-computadores/

Fala humana já pode ser replicada por robôs; risco de fraudes preocupa

Desde o fim do século XVIII, o ser humano tenta usar a tecnologia para replicar a voz. O exemplo mais antigo de que se tem notícia é o dispositivo criado por Wolfgang von Kempelen, oficial da corte austríaca e inventor amador. A máquina falante de Kempelen, como ficou conhecida, usava um fole, tubos, pedaços de madeira e uma caixa de ressonância para replicar a emissão vocal a partir da circulação de ar — é mais ou menos o mesmo processo do corpo humano. O sistema, embora primitivo, era capaz de emitir alguns fonemas e até palavras simples, como “mama” e “papa”. Duzentos e cinquenta anos depois da invenção de Kempelen, a tecnologia de reprodução da voz humana avançou tanto que, agora, é quase impossível para um leigo diferenciar um discurso real, feito por um leigo diferenciar um discurso real, feito por uma pessoa de carne, osso e cordas vocais, de outro criado em computador.

O notável desenvolvimento de vozes sintéticas deu origem, por sinal, a um mercado bilionário — e perigoso. De acordo com dados do instituto de pesquisa MarketsandMarkets, o setor movimentou 8,3 bilhões de dólares em 2021 e deverá alcançar 22 bilhões de dólares até 2026. É uma área que inclui assistentes virtuais como Siri e Alexa, sistemas de atendimento virtual de bancos e até celebridades que emprestam a voz para aplicativos. O perigo reside na possibilidade de replicar vozes reais para, por exemplo, fins políticos, fraudes ou ataques a reputações.

 

VAL KILMER – Recuperado: sua voz, prejudicada pelo câncer, foi recriada –
EuropaNewswire/Gado/Getty Images

 

O documentário Roadrunner, sobre o chef Anthony Bourdain, suscitou debates sobre o tema. Nele, o diretor Morgan Neville usou inteligência artificial para transformar frases que Bourdain escreveu, mas nunca falou, em narrações em off. Sem especificar o que era original e o que era fake, Neville foi acusado de enganar o público. Embora tenha dito que a família deu a autorização necessária, a polêmica persiste.

No vale-tudo da arena política, as vozes sintéticas podem causar enormes estragos. O cineasta Jordan Peele, do aclamado Corra!, criou um vídeo do ex-presidente americano Barack Obama usando a tecnologia deepfake, que mescla imagens reais com falas falsas, para alertar sobre os riscos. “Estamos entrando em uma era em que nossos inimigos podem fazer com que qualquer um pareça dizer qualquer coisa”, disse
a voz fake de Obama.

Nesse contexto, plataformas como WhatsApp e Telegram, nas quais mensagens de áudio são amplamente usadas, representam um perigo adicional. No Brasil, nunca é demais lembrar, há uma eleição presidencial no horizonte e provavelmente o artifício das vozes fake será usado por políticos mal-ntencionados. “Toda eleição é impactada por ações de guerrilha”, diz Marcelo Vitorino, professor de marketing político da ESPM. “É preciso ter em mente que quem usa esse tipo de ação pretende uma coisa: asfixiar o debate político real, que é o que interessa ao eleitor.” Ele lembra que, ao contrário dos vídeos, em que (ainda) é possível identificar as alterações, no caso das vozes a tarefa requer a análise minuciosa de peritos.

 

 

Alheio à polêmica, o mercado está em alta. Empresas como a Speech Morphing, com sede em San Jose, na Califórnia, oferecem serviços de criação de clones vocais. O cliente grava centenas de frases, algumas delas sem sentido em uma conversa normal, mas que ajudam a treinar a máquina. A partir dessas gravações, a inteligência artificial reconhece padrões e particularidades de cada discurso, criando uma versão sintética capaz de dizer qualquer coisa, com entonações diferentes. O nível de sofisticação, de fato, impressiona. É possível escolher sonoridades mais ou menos humanas, a depender dos objetivos. Um eletrodoméstico inteligente pode ter uma voz mais robótica, enquanto um assistente voltado para idosos ou crianças emite sons que confortam. Até a respiração pode ser replicada, se for necessária para oferecer mais realismo.

A tecnologia tem sido explorada também na área da saúde. O ator Val Kilmer, conhecido por interpretar Batman no cinema, foi diagnosticado com câncer na garganta em 2015. Após anos de tratamento, se curou da doença, mas ficou com sequelas. Além de usar uma sonda para se alimentar, sua voz desapareceu. Foi graças aos avanços na criação de vozes sintéticas que ele recuperou parte da capacidade de se expressar. A partir de gravações antigas, incluindo falas de filmes, os algoritmos produziram quarenta modelos diferentes da voz de Kilmer, até que ele escolheu aquela que mais se aproximava do real. A semelhança é extraordinária. As novas tecnologias, vale ressaltar, são capazes de realizar feitos únicos — e positivos. O que não é certo é usá-las para propagar mentiras. Cada vez mais será Cada vez mais será preciso manter os ouvidos bem atentos.

Publicado em VEJA de 23 de fevereiro de 2022, edição nº 2777

O que são cidades inteligentes e como elas formam o futuro sustentável

A transformação das cidades envolverá vários desafios nos próximos anos, segundo a revista portuguesa Exame Informática. A questão pontuada pela reportagem é que não se trata mais de definir as cidades inteligentes a partir de parâmetros como eficiência energética e adoção de políticas de sustentabilidade, mas sim de admitir que talvez só as cidades inteligentes serão sustentáveis no futuro. O argumento faz sentido, pois dentro de 30 anos seremos mais de 10 bilhões de pessoas, majoritariamente vivendo em regiões urbanas. Para entender melhor o assunto, criamos este guia rápido com exemplos reais sobre o tema:visao.sapo.pt/…/2021-03-29-no-futuro-so-as-cidades-inteligentes-serao-sustentaveis

 

 Cidades inteligentes em resumo

Pensar em cidades inteligentes ou smart cities, como são conhecidas em inglês, pode ser um exercício complexo, mas felizmente temos especialistas que se dedicaram a isso. É o caso de Amy Glasmeiera e Susan Christopher, do Departamento de Estudos Urbanos e Planejamento do MIT. Elas são autoras do relatório Thinking about smart cities e resumem a avaliação de vários especialistas no tema.

Segundo as especialistas, as sementes do conceito de cidades inteligentes podem ser encontradas em uma série de conversas entre estudiosos e profissionais na década de 1980. Os exemplos da época tinham em mente realidades como as do Vale do Silício ou então falavam de futuros centros urbanos com informações avançadas e complexos de fibra óptica. Hoje, conforme a reportagem da Exame Informática, os especialistas citam a inevitável adoção de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), WiFi, Big Data, Cloud Computing e Mobile apps, suportadas por infraestruturas de fibra ótica, redes Móveis 4G/5G, data centers, e dispositivos adequados que permitirão responder aos desafios e à visão transformadora das zonas urbanas.

“Uma cidade inteligente usa tecnologia da informação e comunicação (TIC) para melhorar a eficiência operacional, compartilhar informações com o público e fornecer uma melhor qualidade de serviço governamental e bem-estar do cidadão”, resume a consultoria de engenharia TWI.

 Anatomia das cidades inteligentes

Como destaca o Thales Group, as cidades inteligentes não são apenas um conceito ou um sonho do futuro, mas muitas delas começam a ganhar corpo graças a soluções inovadoras baseadas, por exemplo, na Internet das Coisas (IoT). Outro caminho possível é o uso de tecnologias celulares e sem fio de baixa potência (LPWAN) para conectar e melhorar a infraestrutura, eficiência, conveniência e qualidade de vida para residentes e visitantes.

Exemplos não faltam: semáforos conectados recebem dados de sensores e carros, podendo ajustar a cadência e o tempo da luz para responder ao tráfego em tempo real, reduzindo o congestionamento nas estradas. Carros conectados podem se comunicar com parquímetros e plataformas de carregamento de veículos elétricos (EV) e direcionar os motoristas para o local disponível mais próximo. E mais: latas de lixo inteligentes enviam dados automaticamente para empresas de gerenciamento de resíduos e agendam a coleta conforme necessário em comparação com um cronograma pré-planejado.

Esgoto monitorado via sensores

Uma cidade inteligente é também sustentável e a norte-americana South Bend é exemplo disso. Ela deverá economizar US$ 400 milhões com um projeto de esgoto inteligente, que inclui um sistema com 165 sensores e softwares ativados em toda a bacia hidrográfica da cidade, gerenciando 13 portões e válvulas automatizadas.

O projeto foi endossado pela Autoridade de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ). A EPA, o DoJ e a cidade de South Bend assinaram originalmente um decreto de consentimento em 2012, em resposta à envelhecida infraestrutura de esgoto da cidade que frequentemente transbordava, descarregando milhões de litros de esgoto e águas pluviais no histórico Rio St. Joseph a cada ano.

O plano para resolver o problema foi definido para custar aos contribuintes de South Bend US$ 713 milhões em melhorias de capital. Mas as partes anunciaram que estão alterando o acordo original com um plano revisado baseado na tecnologia de “esgoto inteligente”. A nova abordagem da cidade, usando a solução de otimização de rede de águas residuais, oferece “melhor proteção com custo mais baixo”, de acordo com a EPA.

 

Iluminação pública eficiente

Outro exemplo que vem dos Estados Unidos é o projeto de eficiência energética liderado pela concessionária de serviços públicos NYPA, em Utica, no estado de Nova York. A utilitie concluiu um programa de iluminação pública inteligente e eficiência energética ao instalar, em parceria com a prefeitura local, um total de 7.140 postes de luz LED inteligentes, como parte do Smart Street Lighting NY .

A iniciativa é um programa com a meta de substituir 50 mil postes de luz por modelos inteligentes e com baixo consumo de energia até 2025. No estado de Nova York, outros 286 mil postes de luz inteligentes foram instalados como parte do programa, incluindo as cidades de Albany, Rochester, Syracuse e White Plains.

A NYPA financiou o projeto de US$ 11,1 milhões para a cidade de Utica. Alguns sistemas de gerenciamento de ativos e postes de LED foram instalados para operação em tempo real dos postes de luz, com relatórios automatizados de interrupções e para reduzir os custos de energia associados a manter a cidade iluminada e segura. Espera-se que o projeto retorne US$ 1,5 milhão em economia anual.

Os modelos de LED instalados são de 50% a 65% mais eficientes energeticamente em comparação com outros no mercado ou postes de luz existentes que estão sendo substituídos. A tecnologia instalada permite que a cidade diminua ou aumente remotamente a capacidade de iluminação dos postes de rua. Espera-se que o programa abra caminho para cidades inteligentes e aplicações de redes inteligentes, com os postes sendo usados ​​para instalar câmeras, sensores meteorológicos, medidores inteligentes e a rede para fornecer serviços WI-Fi.

Economia circular do lixo

Bratislava, a capital da Eslováquia, é um modelo de cidade europeia que está endereçando a questão do lixo, ao mirar na independência da reciclagem e gestão inteligente de resíduos. Em parceria com a empresa municipal de gestão de resíduos Odvoz a likvidácia odpadu (OLO), a cidade adquiriu uma linha de triagem automatizada moderna e negociou a rescisão do contrato com a antiga responsável.

Bratislava tem agora a ambição de aumentar a taxa de classificação, e especialmente a reciclagem de plásticos selecionados, do atual nível de 10% a 15% para 45%, no curto prazo. O aumento é considerado importante não só para Bratislava como cidade, mas também para o ambiente, uma vez que uma melhor separação dos resíduos para reciclagem antes da recuperação poupa recursos fósseis primários e florestas, o que tem um impacto direto na descarbonização e mitigação das alterações climáticas.

Outra novidade é o projeto para digitalizar a coleta de lixo e torná-la econômica e ecologicamente correta, iniciado em cooperação com a Sensoneo, fornecedora de soluções inteligentes de gestão de resíduos para cidades e empresas.

Apoiada por uma subvenção do Conselho Europeu de Inovação, a iniciativa inclui a instalação de sensores Sensoneo em recipientes de lixo de vidro e lixeiras subterrâneas em Bratislava, colocando dispositivos em caminhões de lixo para verificar automaticamente as coletas e otimizar a rota. Com este projeto, a cidade espera economizar na quilometragem e emissões relacionadas à coleta de lixo, além de melhorar sua capacidade de intervir rapidamente no caso de contêineres sobrecarregados.

Redes inteligentes economizam energia

Um novo estudo da Juniper Research descobriu que as implantações globais de redes inteligentes levarão a uma economia anual de energia de 1.060 terawatts-hora até 2026. É um aumento de 774 terawatts-hora em relação aos números de 2021. A pesquisa identificou o aumento da sustentabilidade e da segurança energética como essenciais para o apelo das redes inteligentes, com análises e redes responsivas à demanda capazes de ter um impacto importante em um futuro repleto de energias renováveis.

No caso de cidades inteligentes e sustentáveis, o destaque do estudo são os medidores de nova geração. O estudo descobriu que as implementações desse tipo de dispositivos estão aumentando, com medidores inteligentes globais em serviço definidos para alcançar mais de 2 bilhões em 2026 (comparados com os 1,1 bilhão em 2021). Embora isso represente um crescimento de 95%, a adoção global é muito desigual com mercados como América Latina, África e Oriente Médio que ficam significativamente atrás da Europa Ocidental, Extremo Oriente e China.

O relatório prevê que os fornecedores que conseguirem combinar melhor as análises que fornecem insights operacionais para empresas de energia, com sensores de baixo custo e conectividade, alcançarão o maior sucesso.

Mobilidade urbana do futuro

Assim como o uso eficiente de energia e a economia circular do lixo, entre outras iniciativas, a mobilidade futura também moldará as cidades inteligentes. E três forças estão envolvidas nesse assunto: provedores de serviços de mobilidade, operadoras de transporte público e municípios. Todas as três podem se beneficiar do conceito de uma cidade inteligente, segundo artigo da revista Automotive World. Mas elas têm que colaborar.

As autoridades, por exemplo, podem agilizar o funcionamento de suas cidades e torná-las mais eficientes, economizando dinheiro e gerando novas receitas públicas.

De acordo com duas pesquisas recentes da Accenture, os serviços de mobilidade têm o potencial de criar um enorme valor econômico. O mercado de serviços de mobilidade na China, nos EUA e na Alemanha cresceu para mais de US$ 140 bilhões na última década, e esse número mais que triplicará até 2030. Além da vantagem financeira, os serviços de mobilidade podem se tornar essenciais para enfrentar duas das questões mais urgentes da vida urbana: emissões de carbono e cidades superlotadas. As municipalidades, aliás, têm um papel fundamental, pois podem estabelecer regulamentos como preços para vagas de estacionamento ou pedágios. Ou seja: tornam-se um facilitador-chave para serviços de mobilidade.